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Genoino nega ser antissemita, mas não se retrata sobre boicote a judeus

Ex-presidente do Partido dos Trabalhadores foi duramente criticado por fala.

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José Genoíno (Foto: Divulgação/PT)

José Genoino, ex-deputado e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), enfrentou forte crítica e condenação de organizações judaicas e nas redes sociais após sugerir um boicote a empresários judeus semelhante ao que os nazistas fizeram há 90 anos. Em resposta às críticas, Genoino negou ser antissemita, mas manteve seus comentários, chamando o boicote de “interessante” por motivos políticos.

A Confederação das Associações Israelitas do Brasil (Conib) e a Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria emitiram comunicados repudiando as declarações de Genoino. A Conib o acusou de antissemitismo, enquanto a Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria classificou seus comentários como “flerte com o nazismo e o racismo”.

Apesar das críticas, Genoino não retratou suas declarações, mas expressou repúdio à nota da Conib. Ele defendeu sua posição, vinculando-a à denúncia do que chamou de “genocídio” cometido pelo governo israelense contra o povo palestino.

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) caracterizou as declarações de Genoino como flerte com o nazismo e o racismo. Dois parlamentares brasileiros, Guto Zacarias e Kim Kataguiri, apresentaram uma denúncia criminal ao Ministério Público Federal contra Genoino em resposta aos seus comentários.

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