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Gilmar Mendes elogia censura chinesa e pastores reagem

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Na quarta-feira, 11 de junho de 2025, o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou o modelo de regulação das redes sociais adotado pela China, gerando críticas entre líderes evangélicos.

A declaração foi feita durante o julgamento que discute a aplicação do Marco Civil da Internet, especialmente no que se refere à responsabilidade das plataformas por conteúdos publicados por usuários.

Durante sua fala, Mendes afirmou que “não importa a cor do gato, mas que ele cace o rato”, fazendo referência à eficácia censora do regime chinês, comandado por Xi Jinping, no controle do ambiente digital. A frase, porém, foi prontamente corrigida pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que esclareceu que a citação é de Deng Xiaoping, líder que governou a China nos anos 1980 e foi responsável por importantes reformas econômicas.

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Na China, o governo mantém controle rigoroso sobre a internet, bloqueando o acesso a sites estrangeiros e monitorando publicações nas redes sociais. O sistema é frequentemente apontado por organizações internacionais como um dos mais severos do mundo em termos de censura digital.

A fala de Gilmar Mendes repercutiu negativamente entre pastores evangélicos, que manifestaram preocupação com os riscos à liberdade de expressão no Brasil. O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, declarou no X (antigo Twitter):

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“Somos admiradores do regime chinês”, afirmou Gilmar Mendes durante o julgamento da censura das redes sociais. Diante disto falar o que? Comentar o que? Em breve todos seremos censurados”, escreveu.

Vargens também questionou o silêncio de figuras evangélicas que, segundo ele, se alinham ideologicamente à esquerda e não se manifestam diante de possíveis ameaças às liberdades individuais. Mencionou, entre outros, os nomes de Ed René Kivitz, Ariovaldo Ramos e Antonio Carlos Costa:

“Cadê os ‘ongueiros, os defensores dos direitos humanos e da liberdade’? Seguem silentes, né?”, escreveu.

O pastor e professor Franklin Ferreira, autor do livro Contra a Idolatria de Estado, compartilhou uma charge ironizando a fala do ministro. Em tom crítico, escreveu:

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“Vamos defender a democracia! ‘Como?’ Implementando o modelo chinês de censura”.

O julgamento no STF sobre o Marco Civil da Internet continua, sendo acompanhado com atenção por juristas, parlamentares e representantes da sociedade civil. O tema tem gerado debates intensos sobre os limites da liberdade de expressão, a responsabilidade das plataformas e o papel do Estado na mediação de conflitos digitais.

No contexto bíblico, o tema da liberdade — inclusive a liberdade de proclamar a verdade — é recorrente. Em Atos 5:29, Pedro afirma: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”. A declaração dos pastores que reagiram à fala do ministro reflete essa preocupação com a preservação de princípios fundamentais da fé cristã, como a liberdade de pregar, comunicar e denunciar injustiças sem medo de repressão.

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