evangelismo
Idosa usa astúcia para levar muçulmanos à leitura da Bíblia

No Irã, país do Oriente Médio onde a legislação é fortemente influenciada pela sharia — o conjunto de leis baseadas no islamismo —, qualquer forma de evangelismo é proibida. A conversão de muçulmanos ao cristianismo é considerada crime, e igrejas evangélicas são tratadas como organizações ilegais, rotuladas por autoridades como “grupos políticos sionistas de oposição”.
Ainda assim, relatos indicam que o Evangelho tem avançado no país, inclusive por meio de ações discretas e arriscadas como a de uma cristã idosa.
Segundo o site God Reports, uma mulher cristã de 92 anos, cuja identidade não foi revelada por motivos de segurança, tem adotado uma estratégia considerada inusitada para evangelizar dentro do território iraniano. De acordo com a reportagem, ela viaja regularmente de ônibus e, ao se sentar ao lado de um passageiro, entrega um livro e pede que ele leia para ela, alegando dificuldade por conta do tamanho da fonte.
O livro, na verdade, é o Novo Testamento. Dessa forma, a idosa tem feito com que diversos passageiros leiam trechos das Escrituras sem inicialmente perceberem o conteúdo. Após a leitura, ela oferece o exemplar como presente, permitindo que o passageiro leve consigo o texto bíblico para casa.
A ação é considerada de alto risco. De acordo com as leis do Irã, compartilhar a mensagem cristã ou portar literatura religiosa que não seja islâmica pode resultar em punições severas. Mesmo assim, a idosa continua com sua missão. “Ela está arriscando a própria vida para que outras pessoas conheçam Jesus”, relatou a publicação.
Cristianismo no Irã
Apesar da repressão, organizações cristãs relatam que o cristianismo está em crescimento no Irã. A Bible Society estima que cerca de 2.000 pessoas por dia estão se convertendo a Cristo no país.
“Até o governo admite que o cristianismo está crescendo e o Islã está encolhendo”, afirmou Nahid, líder da Sociedade Bíblica Iraniana, entidade que atua no envio de Bíblias para cristãos iranianos por meio de redes de apoio no exterior. Nahid explicou que, desde 1990, sua equipe não tem permissão para operar diretamente no Irã, mas segue apoiando a igreja local de maneira indireta.
Conforme dados da organização Portas Abertas, que monitora a perseguição religiosa ao redor do mundo, o Irã ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, sendo um dos países onde cristãos enfrentam maior risco de prisão, violência ou discriminação por causa da fé.
Mesquitas têm sido fechadas em algumas regiões do país, segundo fontes citadas pelo God Reports, enquanto cresce a desilusão de parte da população com o regime teocrático. Nesse contexto, pequenos grupos cristãos — muitas vezes reunidos em segredo — têm encontrado abertura para compartilhar a fé.
A Bíblia relata: “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17). No caso da cristã iraniana de 92 anos, essa Palavra tem sido lida em voz alta nos corredores silenciosos dos ônibus urbanos, levando esperança a quem talvez jamais teria acesso ao Evangelho por meios convencionais.

-
música4 dias atrás
Heloisa Rosa diz que marido é inocente e anuncia processos
-
igreja1 dia atrás
Fiéis acusam pastor de adultério e culto vira caso de Polícia
-
internet5 dias atrás
Carlinhos “Mendigo” e pregador assembleiano batem-boca em debate de rádio
-
vida cristã4 dias atrás
Pesquisa: quase metade dos pastores evangélicos precisam de outra profissão
-
igreja1 dia atrás
Cantor Jefferson é ordenado ao ministério pastoral
-
política5 dias atrás
EUA acompanham cenário e veem Eduardo Bolsonaro como nome para 2026
-
mundo5 dias atrás
Família de Jimmy Swaggart se reúne após agravamento de seu estado de saúde
-
igreja5 dias atrás
Sucessão pastoral: preparo bíblico e participação da igreja
-
cultura4 dias atrás
Proibição da linguagem neutra em SP: projeto é aprovado
-
brasil4 dias atrás
Evangélicas são quem mais têm filhos no Brasil, aponta Censo 2022
-
justiça4 dias atrás
Congresso dos EUA pressiona por sanções contra Moraes
-
igreja4 dias atrás
Cristãos evangélicos na Suíça resistem à decadência religiosa, aponta relatório