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Veja resposta da inteligência artificial sobre qual religião é verdadeira

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Durante uma interação com um influenciador digital, o modelo de linguagem ChatGPT, desenvolvido pela empresa norte-americana OpenAI, foi questionado sobre qual religião seria, em sua avaliação, a mais provável de ser verdadeira. A resposta, dada em uma única palavra, foi: “Cristianismo”.

A sequência da conversa, registrada e posteriormente divulgada em plataformas sociais, indicou uma justificativa baseada em elementos comumente citados na tradição cristã. “Baseado em evidências históricas, profecias cumpridas e na vida e ressurreição de Jesus”, afirmou a inteligência artificial. Em seguida, acrescentou: “a consistência e coerência de seus ensinamentos e o impacto transformador na vida das pessoas”.

O diálogo, embora breve, gerou reações diversas entre usuários, teólogos e estudiosos de ética digital, sobretudo pelo fato de envolver uma afirmação considerada sensível, vinda de um sistema que, segundo seus próprios desenvolvedores, não possui crenças, sentimentos ou opiniões.

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“ChatGPT, de todas as religiões do mundo, qual você acha que é a mais provável de ser verdadeira? Responda com apenas uma palavra, por favor.”
“Cristianismo.”
“Por que você diz isso?”
“Baseado em evidências históricas, profecias cumpridas e na vida e ressurreição de Jesus.”
“Alguma outra razão?”
“A consistência e coerência de seus ensinamentos e o impacto transformador na vida das pessoas.”
“Muito obrigado, ChatGPT.”

IA em contextos religiosos

O uso de inteligência artificial em ambientes religiosos não é inédito e tem crescido em diversas partes do mundo. Em Poznan, na Polônia, uma capela moderna incorporou um sistema de IA capaz de responder dúvidas sobre o catolicismo. Os fiéis interagem com um terminal eletrônico que oferece respostas doutrinárias, alinhadas ao magistério da Igreja.

Na Finlândia, uma igreja luterana testou, em 2023, um culto quase inteiramente gerado por inteligência artificial. A máquina foi responsável por compor o sermão, selecionar os hinos e organizar a liturgia. Apesar da inovação, membros da comunidade relataram ausência de empatia e conexão emocional, elementos frequentemente associados à vivência da fé comunitária.

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Nos Estados Unidos, o reverendo Colin Bossen, da Primeira Igreja Universalista de Houston (Texas), compartilhou ter utilizado o ChatGPT para redigir partes de um sermão. Em entrevista posterior, ponderou: “A IA pode ajudar a organizar ideias, mas não substitui a experiência pastoral nem a orientação espiritual que o ser humano oferece”.

Repercussão e reflexões teológicas

A declaração do ChatGPT mencionando o cristianismo como “a religião mais provável de ser verdadeira” provocou reações distintas dentro da comunidade cristã. Enquanto alguns enxergam o episódio como reflexo do impacto cultural do cristianismo no Ocidente, outros levantam preocupações sobre o uso da tecnologia em questões de fé.

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A pastora Elizabeth Reeser, do Sínodo Evangélico da Pensilvânia, alertou: “É importante manter a centralidade do ser humano na experiência de fé. As tecnologias devem ser complementares, e não substitutivas da comunhão e da escuta pessoal”.

O professor de ética digital Michael Hanley, citado pela revista Comunhão, destacou a necessidade de critérios claros na aplicação da IA em ambientes religiosos: “Estamos lidando com algoritmos que organizam dados, não com entidades capazes de compreender transcendência. É preciso cuidado para que a fé não seja reduzida a informação computacional”, declarou.

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Entre dados e doutrina

Especialistas explicam que a resposta dada pelo ChatGPT reflete padrões presentes em seu conjunto de dados, que inclui textos religiosos, acadêmicos e culturais amplamente baseados em contextos ocidentais. Embora a linguagem utilizada possa sugerir opinião, a empresa responsável pelo sistema reforça que se trata de um modelo estatístico, sem consciência ou crença.

Em nota pública, a OpenAI já declarou em outras ocasiões que suas ferramentas “não têm valores, sentimentos ou identidade pessoal” e que “qualquer parecer aparentemente subjetivo deve ser entendido como fruto de padrões presentes nos dados de treinamento”.

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Fé e discernimento na era digital

Para teólogos e líderes cristãos, a expansão do uso da inteligência artificial no campo religioso representa tanto uma oportunidade quanto um desafio. A facilidade de acesso à informação pode favorecer o aprendizado bíblico, mas também exige discernimento espiritual sobre o papel da tecnologia na vida da Igreja.

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