opinião
Jesus observa
As ofertas não são exclusivo do cristianismo. Toda a relação com a Transcendência, seja em que abordagem religiosa for, implica ofertas à divindade, uma forma de o crente se despojar de si mesmo e reconhecer a soberania do seu Deus.
Fala-se pouco nas ofertas que os fiéis dão à igreja devido a toda a sorte de abusos em certos meios religiosos, mas o facto é que aprendemos com o apóstolo Paulo que os responsáveis espirituais têm sobre os seus ombros a responsabilidade de anunciar todo o conselho de Deus (Actos 20:27).
Lemos em Marcos 12:41-44: “E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento”.
O contexto deste texto mostra que Jesus estava no Templo, a falar da hipocrisia religiosa (v 38-40). E logo de seguida sentou-se frente à arca do tesouro durante algum tempo, para observar melhor a prática de outro tipo de hipocrisia, a hipocrisia do ofertante.
Ficou a ver o que se passava e chamou então os discípulos para lhes ensinar alguns princípios.
Jesus ensinou que observa o modo como as pessoas ofertam (v 41)
A Palavra ensina que “Deus ama ao que dá com alegria” (2 Coríntios 9:7), portanto, a forma como ofertamos é determinante. Se não damos com alegria, algo está mal na nossa relação com Deus. Mas a Palavra também explica que não devemos contribuir “com tristeza”, e nem sequer fazê-lo “por necessidade”, mas que devemos contribuir segundo a proposta do “nosso coração”, isto é, devemos preparar a oferta previamente, no nosso coração.
A Palavra ensina ainda que Deus não é merecedor dos nossos restos (v 44).
Jesus ensinou que observa o que as pessoas ofertam (41)
Deus vê! Porém, a economia do reino é diferente na humana. Para Deus o valor da oferta não corresponde ao valor facial da moeda/nota, mas está em relação com as possibilidades do ofertante (v 43-44). De facto havia uma multidão a contribuir e muitos ricos queriam mostrar-se (“davam muito”). Já a “pobre viúva” deu muito pouco. Assim como o conceito de tempo para Deus é diferente do nosso (kayros e chronos), a forma como valorizamos o dinheiro também é diferente para Deus, o Senhor de toda a prata e ouro.
A Bíblia ensina a lei espiritual da sementeira e da colheita
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (2 Coríntios 9:6). Se podemos contribuir mais e não o queremos fazer, apenas receberemos de Deus de acordo com o que semearmos.
Não sabemos por que razão aquela mulher ofertou “todo o seu sustento” (v 44). Não sabemos mesmo, pois o texto bíblico não nos esclarece a esse respeito, mas provavelmente propôs no seu coração entregar uma oferta sacrificial.
Precisamos de estar despertos para a necessidade de contribuir para a obra de Deus com os nossos dízimos e ofertas
Escrevendo à comunidade cristã de Corinto, o apóstolo Paulo diz: “Mas enviei estes irmãos, para que a nossa glória, acerca de vós, não seja vã nesta parte; para que (como já disse) possais estar prontos, a fim de, se acaso os macedônios vierem comigo, e vos acharem desapercebidos, não nos envergonharmos nós (para não dizermos vós) deste firme fundamento de glória. Portanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que primeiro fossem ter convosco, e preparassem de antemão a vossa bênção, já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção, e não como avareza” (2 Coríntios 9:3-5):
Portanto, ofertar é um acto sublime. Paulo chama-lhe um “firme fundamento de glória” (v 4d). Por isso a igreja deve ser exortada a ofertar, se necessário (v 5a). Por outro lado, a oferta trazida à igreja deve ser preparada com tempo de modo a que não estejamos “despercebidos” (v 5b), e em caso algum devemos ofertar em atitude de avareza (v 5c).
Jesus observa o que damos, a forma como o fazemos e o coração com que ofertamos. Ofertas alçadas são uma coisa, outra são os dízimos, já que estes configuram um sinal de aliança com Deus e a comunidade local de fé a que pertencemos, isto é, a nossa família espiritual.

-
política2 dias atrás
Caiado coloca Malafaia como pré-candidato à presidência
-
igreja19 horas atrás
Áudios de Malafaia com Bolsonaro geram debate entre líderes evangélicos
-
igreja4 dias atrás
Pastores que deixam ministério apontam esgotamento e conflitos
-
política2 dias atrás
Espírito que Elias derrotou controla Alexandre de Moraes, diz profeta
-
estudos bíblicos2 dias atrás
Yago Martins reage a Ed René Kivitz: ‘Espírito do anticristo’
-
internet4 dias atrás
Justin Bieber grato a Jesus pelo perdão e direção em sua vida
-
justiça22 horas atrás
Ação contra Malafaia é ‘perseguição policial’, diz analista
-
igreja1 dia atrás
Morre a pastora Antonieta, referência nas Assembleias de Deus
-
justiça1 dia atrás
PF apreende celular de Malafaia e pastor cobra impeachment de Moraes
-
política4 dias atrás
Líderes evangélicos repudiam inclusão de Malafaia em inquérito
-
mundo4 dias atrás
Rede encerra venda de pílula abortiva e recebe apoio cristão
-
brasil21 horas atrás
‘Não vou parar. Vai ter que me prender’, diz Malafaia a Moraes