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John Cooper reage a escândalo Michael Tait e pede resposta firme

O vocalista da banda cristã Skillet, John Cooper, classificou o escândalo em torno de Michael Tait como uma “vergonha e uma tragédia para a Igreja” e pediu uma resposta pública e firme da indústria da música cristã. A declaração foi feita em 1º de julho durante um episódio do seu podcast Cooper Stuff, intitulado “Michael Tait, música cristã e o evangelho que não olha para o outro lado”.
Michael Tait, conhecido por sua atuação no DC Talk e posteriormente como vocalista do Newsboys, foi acusado por diversos homens de agressão sexual. Os relatos incluem episódios em que as vítimas teriam sido intoxicadas e tocadas sem consentimento. Em resposta, Tait admitiu ter vivido uma “vida dupla”, reconhecendo contatos “sensuais indesejados” e o uso prolongado de drogas como cocaína e álcool.
Cooper afirmou que sentiu um “fardo do Senhor” para tratar publicamente o caso. “Sinto um peso vindo do Senhor. O Senhor não me deixava descansar. Eu estava tão em conflito”, declarou. “Não quero fazer isso, mas o Senhor não me deixava sozinho”.
Durante o episódio, o artista de 50 anos lamentou o que chamou de resposta “insuficiente” por parte da comunidade de música cristã contemporânea (CCM). Ele criticou o uso de frases como “quem nunca pecou que atire a primeira pedra” como um ponto de partida inadequado para tratar um caso de tamanha gravidade. “Precisamos de uma condenação veemente desses atos, não de uma condenação de pessoas”, enfatizou. “Estamos condenando as ações das pessoas de forma veemente, sem pedir desculpas, não recuamos”.
Cooper, que também atua no conselho da Ascent Church, em Nashville, destacou que o testemunho da Igreja diante do mundo está em jogo. “Nosso foco deve ser aqueles que foram vítimas, supostamente abusadas e agredidas sexualmente por Michael Tait”, afirmou. Ele classificou os relatos como “muito sombrios” e defendeu que os sobreviventes sejam priorizados.
O cantor expressou preocupação com uma tendência no meio evangélico de minimizar casos de abuso em nome da graça. “É impróprio pular direto para [uma mentalidade de] que precisamos ser amorosos, que todos falhamos e que não podemos julgar”, disse. “Sim, somos todos pecadores… mas há categorias nesse contexto que não podemos ignorar”.
Referindo-se à confissão de Tait, Cooper reconheceu a importância do reconhecimento público, mas questionou o momento da confissão. “Ele fez a confissão depois que ela explodiu”, afirmou. “Você sabe como teria sido [se ele] tivesse confessado isso há muito tempo, para reparar as pessoas, para talvez impedir que suas vidas naufragassem?”
Ao longo da fala, Cooper chamou a atenção para o impacto do escândalo sobre a credibilidade da fé cristã. “Que tipo de Evangelho estamos mostrando ao mundo quando… nossos maiores ícones da música cristã dizem: ‘Tenho vivido uma vida dupla desde o começo?’”, indagou. “Isso faz com que pareça que o nosso Evangelho não é real”.
Ainda que tenha reiterado o valor do perdão e da redenção, Cooper defendeu que a graça não pode obscurecer a busca pela justiça. “Essa coisa é tão flagrante e envergonha o Evangelho a um nível enorme”, declarou. “O Evangelho também exige que você defenda a justiça”.
Ao se dirigir à indústria da música cristã, Cooper foi direto: “Este não é o Evangelho de Cristo. Não podemos continuar fazendo isso”. Ele demonstrou esperança de que o pedido de desculpas de Tait fosse sincero, mas afirmou: “Mesmo que seja real, isso não nega que ele tenha feito coisas realmente ruins com essas vítimas”.
Além de lamentar pelos sobreviventes, Cooper pediu à comunidade cristã que vá além das orações e dê voz às vítimas. “Precisamos continuar a clamar por ação. Precisamos clamar por justiça. Precisamos clamar pela verdade”.
Ele também instou os profissionais da área a reconhecerem falhas sistêmicas. “Estou no CCM. Quero reconhecer a natureza flagrante, e não vamos adoçar a situação”, declarou. Respondendo a rumores de que o comportamento de Tait seria um “segredo aberto”, Cooper disse: “Eu não sabia disso. Acho muito difícil acreditar que todos no CCM soubessem da existência de supostas vítimas de agressão sexual”.
Mesmo assim, Cooper reconheceu a omissão coletiva: “Estamos em um acordo. Não estamos fazendo o suficiente”. Encerrando o episódio, ele reforçou que deseja graça para Tait, mas com responsabilidade: “Queremos graça para Michael Tait? Claro que queremos graça. Eu amo Michael. Não vou deixar de amar Michael”, afirmou. “Somos um povo de graça radical, não de graça barata”.
Por fim, Cooper concluiu com um apelo à fidelidade à Palavra de Deus. “Permaneçam firmes, permaneçam ousados, andem na luz, mesmo que isso lhes custe tudo”, disse, de acordo com o The Christian Post.

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