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Lula comete crime em ato esvaziado do Dia do Trabalhador
Petista poderá ser investigado pela Justiça Eleitoral.
O evento de 1º de Maio, organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, gerou controvérsias devido a um pedido explícito de votos feito pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL), o que vai contra a legislação eleitoral durante o período de pré-campanha.
Além disso, houve distribuição de panfletos contrários ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), potencial adversário de Boulos na campanha pela Prefeitura da capital em 2024, e favoráveis ao candidato do PSOL.
Durante o evento, Lula referiu-se a Boulos como candidato, embora o período oficial para convenções e registros de candidatura só se inicie em julho. Ele fez um apelo direto aos presentes, pedindo votos para Boulos nas próximas eleições municipais. Esse tipo de pedido explícito de votos para pré-candidatos é proibido pela Lei das Eleições (Lei 9.504/97), e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) geralmente penaliza essa infração com multa.
O pré-candidato Boulos não fez o pedido, mas como foi beneficiário da fala de Lula no mesmo palanque, ele também pode ser implicado na infração. A penalidade para Lula pode variar de multa de R$ 5 a R$ 25 mil.
Os adversários políticos de Boulos, como o MDB, partido do prefeito Ricardo Nunes, anunciaram que entrarão com ações na Justiça Eleitoral contra Lula e Boulos por propaganda eleitoral antecipada. O MDB também planeja solicitar ao Ministério Público a abertura de inquérito para investigar o uso de recursos públicos e estrutura sindical para promover a candidatura de Boulos.
Outros pré-candidatos, como Marina Helena (Novo) e Kim Kataguiri (União Brasil), também anunciaram medidas semelhantes, acusando Lula de crime eleitoral e prometendo entrar com ações na Justiça Eleitoral. Eles argumentam que o pedido explícito de votos feito por Lula constitui propaganda antecipada e abuso de poder político.