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Lula tenta atrair evangélicos usando frases típicas nas propagandas: “Graças a Deus”

O agradecimento cristão também é utilizado em um vídeo sobre o Bolsa Família.

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Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Amargando forte rejeição do eleitorado evangélico, que continua crescendo ano após ano, a ultra-esquerda tentará agora usar frases típicas do segmento, como “graças a Deus” e “graça alcançada”. Isso é o que pretende fazer o petista Lula.

Neste segundo ano de mandato, Lula quer estabelecer um diálogo com eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa decisão foi motivada por pesquisas de opinião que indicaram a dificuldade que ele tem em aumentar sua popularidade.

A estratégia concentra-se em atrair evangélicos, segmentos do agronegócio, membros das forças de segurança e das Forças Armadas, além de trabalhadores “precarizados”, como motoristas de aplicativos.

Lula também aposta em discursos contra a polarização e na defesa da unificação do país. Nesse contexto, o governo lançou em dezembro a campanha “O Brasil é um Só Povo”, com peças publicitárias que fazem referências ao eleitorado bolsonarista.

Os vídeos destacam ações como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Utilizando expressões típicas do público evangélico, as peças encerram com a frase: “Querer o melhor para nossos filhos, isso é o que nos une.”

O agradecimento cristão também é utilizado em um vídeo sobre o Bolsa Família. A atriz agradece o benefício dizendo: “Graças a Deus”.

Na propaganda sobre o Minha Casa, Minha Vida, um pai de família celebra que um vizinho conseguiu a casa própria: “Ô, glória!”

Em uma viagem ao Espírito Santo, Lula dirigiu-se diretamente aos evangélicos, enfatizando a importância de uma abordagem mais inclusiva. Durante a Conferência Nacional do PT, ele reforçou a necessidade de “aprender a construir um discurso” para os evangélicos e antecipou que a polarização entre Lula e Bolsonaro continuará nas eleições municipais do próximo ano.

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