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Mais de 8.000 cristãos podem ter sido mortos na Nigéria em 2023

Dados foram levantados pela organização Intersociety.

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Rebecca cristã nigeriana (Foto: Reprodução/YouTube)

A violência contra cristãos na Nigéria atingiu níveis alarmantes em 2023, resultando na alegada morte de mais de 8.000 fiéis, de acordo com um relatório divulgado pela Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety).

A organização, liderada pela criminologista cristã Emeka Umeagbalasi, compilou dados estatísticos baseados em relatórios de mídia, fontes governamentais e organizações de direitos humanos. Os cristãos foram mortos em ataques de grupos extremistas, incluindo pastores Fulani radicalizados, Boko Haram, e ações das forças de segurança nigerianas.

Os estados de Benue, Plateau, Kaduna e Níger foram particularmente afetados, com milhares de sequestros e centenas de igrejas atacadas. A Intersociety instou à atenção internacional, pedindo a nomeação de um enviado especial da ONU para a Nigéria e uma resolução do Conselho de Segurança para investigar os ataques contra os cristãos, descrevendo a situação como um “Genocídio Jihadista de Cristãos”.

O governo nigeriano tem negado as alegações de violência religiosa, enquanto defensores dos direitos humanos criticam sua resposta. O Departamento de Estado dos EUA não incluiu a Nigéria em sua lista de “países de particular preocupação” para 2024, apesar das recomendações da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional. Em janeiro, líderes do USCIRF (Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional) convocaram uma audiência no Congresso para abordar o fracasso do Departamento de Estado em designar a Nigéria e a Índia como PCCs (Países de Preocupação Contínua). A USCIRF argumenta que “não há justificação” para a exclusão da Nigéria dessa lista, considerando o aumento da violência contra cristãos no país.

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