sociedade
Mídia chinesa: EUA apóiam Israel por causa de judeus ricos
Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou como ideias de “antissemitismo flagrante, racistas e perigosas”

Para o canal de notícias em inglês CGTN, controlado pelo regime comunista chinês, Israel é um representante militar dos Estados Unidos, que conta com apoio americano por causa da influência de judeus ricos, segundo um vídeo postado online.
No vídeo intitulado “Por que os EUA agem como escudo diplomático para Israel?”, o apresentador Zheng Junfeng apresentou uma versão da teoria, encontrada em “Os Protocolos dos Sábios de Sião” e outros tratados antissemitas, de que os judeus controlam as políticas governamentais por meios nefastos.
De acordo com o Jerusalém Post, o vídeo começou descrevendo a raiva da China com os Estados Unidos, por causa de bloqueios no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de resoluções contra Israel, questionando o apoio de sucessivos presidentes ao Estado Judeu.
“Algumas pessoas acreditam que a política pró-Israel dos EUA pode ser atribuída à influência de judeus ricos nos EUA e ao lobby judeu sobre os formuladores de política externa dos EUA”, disse Zheng.
Ainda de acordo com o apresentador, há “mais de cinco milhões de judeus nos Estados Unidos” e 18 das 40 maiores pessoas na Lista de Ricos da Forbes são judeus.
No entanto, a declaração é considerada exagerada pelo Jerusalém Post, que contabilizou oito das 40 pessoas mais ricas da Forbes como sendo de fato judias.
Eles também lembraram que a lista da Forbes é de bilionários ao redor do mundo, e não apenas nos Estados Unidos. A discrepância pode ser uma aparente tentativa de fazer a influência judaica parecer ainda mais desproporcional.
“Os judeus dominam os setores de finanças, mídia e Internet”, acrescentou Zheng. “Então, eles têm lobbies poderosos como alguns dizem? Possivelmente”, atacou.
Zheng então inverteu sua teoria e postulou que Israel é um fantoche americano.
“Os EUA [têm] usado Israel como um instrumento para promover o interesse geopolítico no Oriente Médio desde os anos 1960”, afirmou.
O apresentador ainda descreve a Guerra dos Seis Dias, de 1967, da seguinte maneira: “O autoproclamado Estado judeu derrotou o nacionalismo árabe na guerra de junho. O nacionalismo árabe é a ideia de que o Oriente Médio deveria existir para os árabes, não para colonos judeus e empresas de petróleo dos EUA”.
Zheng afirmou que Israel “funcionou como um procurador dos EUA quando [o] Pentágono foi restringido pela lei dos EUA”.
O vídeo foi compartilhado pela CGTN no Twitter. O canal é propriedade da mídia estatal chinesa, a China Central Television, que está subordinada ao Departamento de Propaganda do Partido Comunista Chinês.
Quando questionada sobre se o regime chinês apoia a teoria da conspiração antissemita promulgada pelo vídeo, a Embaixada da China em Israel disse que “nas tensões atuais, há muitas vozes diferentes nas reportagens da mídia ao redor do mundo”.
Reafirmando ainda que a posição do regime de Xi Jinping é que “um cessar-fogo e fim da violência é a tarefa mais urgente. A China condena veementemente a violência contra civis e instamos as partes em conflito a cessar imediatamente as ações militares e hostilidades e a pararem de ataques aéreos, ofensivas terrestres e lançamentos de foguetes que agravam a situação”.
A Embaixada de Israel na China disse estar “chocada ao ver o antissemitismo flagrante” na mídia estatal chinesa e que qualquer mídia que divulgue essas ideias deveria se envergonhar.
“Esperamos que os tempos dos ‘judeus controlando o mundo’ as teorias da conspiração tenham acabado”, afirmou a embaixada. “As afirmações expressas no vídeo são racistas e perigosas … Afirmar que os judeus, como povo, têm controle sobre outros governos é ultrajante … Estamos desapontados em ver esses tipos de mensagens e exortamos a CGTN a remover este vídeo insultuoso que espalha mentiras e racismo”, continuou.

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