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Ministério da Saúde distorce dados para minimizar impacto da dengue

Ministério da Saúde enfrenta críticas também pela demora na liberação de recursos.

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Nísia Trindade e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde tem sido alvo de críticas devido à divulgação de dados inconsistentes sobre a letalidade da dengue em 2024, além de inflar anúncios de repasses a estados e municípios para combater emergências sanitárias.

A pasta alega que a letalidade da doença neste ano é menor do que em 2023, utilizando informações ainda não consolidadas para a comparação. Entretanto, mais da metade dos óbitos estão em investigação, o que especialistas consideram um equívoco.

“A taxa de letalidade, em 0,3% dos casos, ainda é menos da metade do ano passado (0,7%), apesar de uma leve subida em relação à última semana (0,2%). Temos cuidado melhor dos casos, e as pessoas estão mais atentas aos sinais de alerta”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Com 513 mortes confirmadas e 903 em apuração, a letalidade de 2024, se calculada com a soma das mortes em investigação, seria maior que a de 2023.

Especialistas apontam a demora na atualização dos dados, dificultando o acompanhamento preciso da situação. O Ministério da Saúde responde que o processo de investigação de óbitos é cuidadoso e que conta com a participação de todos os municípios do país.

Quanto aos repasses para combate às emergências em saúde, o ministério anunciou um valor bilionário, porém, ainda não disponível no orçamento da pasta. Técnicos afirmam que o recurso anunciado é uma estimativa do que pode ser repassado mensalmente. Até o momento, foram liberados cerca de R$ 60 milhões, com destaque para o Rio de Janeiro e o Distrito Federal.

Os estados e municípios precisam declarar emergência em saúde e apresentar um plano de ação para receber a verba emergencial, que é destinada ao custeio do atendimento à população, incluindo pagamento de pessoal e aquisição de medicamentos.

Em resumo, o Ministério da Saúde enfrenta críticas devido à divulgação de dados inconsistentes sobre a dengue e à demora na liberação de recursos para combater emergências em saúde, levantando preocupações sobre a eficácia das medidas adotadas pelo governo federal no enfrentamento da crise.

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