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“O crime compensa para vossa excelência?”, discutem integrantes do Supremo

A maioria dos ministros se mostrou a favor da parcialidade de Moro ao julgar o ex-presidente Lula.

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Ricardo Lewandowski
Ricardo Lewandowski (Foto: Nelson Jr./STF)

Nesta última quinta-feira (22), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) debateram sobre a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba sobre o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o clima esquentou em ambos os lados.

De um lado Luís Roberto Barroso contra Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, a sessão teve que ser interrompida por gritos do presidente da corte, Luiz Fuz.

No início da conversa sobre os efeitos da Operação Lava Jato no Brasil, Barroso e Lewandowski se desentenderam. Lewandowski estava falando sobre supostos prejuízos que o país teve por consequência do combate à corrupção, quando Barroso o interrompeu:

“Vossa excelência acha que o problema, então, foi o enfrentamento da corrupção e não a corrupção?”. Em resposta, Ricardo disse que quem é contra a Lava Jato não significa que são favoráveis a corrupção.

“O modus operandi da Lava Jato levou a conduções coercitivas, prisões preventivas alongadas, ameaças a familiares, prisão em segunda instância e uma série de outras atitudes absolutamente, ao meu ver, incompatíveis com o Estado democrático de Direito”, disse Lewandowski.

Em seguida, Ricardo afirmou que as mensagens conseguidas por meio de hackers e divulgadas pela imprensa devem ser consideradas. Barroso então respondeu: “Mas é produto de crime, ministro. Então, o crime compensa para vossa excelência?”.

Logo, quando Gilmar pegou a palavra, ele deu uma indireta em Barroso, os dois então bateram boca em relação às discordâncias da casa. A sessão foi encerrada depois das 19h sob as discussões e gritos.

Pelo adiantamento dos votos, a maioria manteve a decisão que considera o ex-juiz federal Sérgio Moro parcial no julgamento de Lula. Os únicos contrários até agora foram os ministros Edson Fachin e Barroso.

De acordo com o UOL, mais cedo os ministros decidiram que as ações da Lava Jato contra o ex-presidente ficarão em posse da Justiça Federal do Distrito Federal.

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