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estudos bíblicos

O domínio do Criador sobre a terra, os homens e a natureza

Estudo bíblico sobre o domínio de Deus sobre todas as coisas a partir dos ensinos do livro de Levítico.

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Bíblia sob à luz do sol. (Aaron Burden / Unsplash)

Os animais e os vegetais são do Senhor

O Criador distingue-se da criatura

Fauna e flora pertencem ao Senhor porque por Ele foram criadas (Gn 1.11,12; 2.20-25) e existem como expressões de seu poder, sua bondade e seu domínio. O famoso pregador do século 18 Jonathan Edwards dizia que a natureza é o maior evangelista de Deus, que testemunha sua existência, seu poder e sabedoria (Sl 19.1-4).

Todavia, desde cedo Deus procurou o homem para a ele revelar-se pessoalmente, a fim de que o homem não confundisse a criação com o Criador, vindo a prestar culto às coisas e aos seres ao invés do Deus todo poderoso. A concepção panteísta (“tudo é Deus”), que de longos séculos estava entranhada em religiões pagãs, como a egípcia donde os hebreus receberam influências ou as dos povos cananeus onde os hebreus habitariam, é taxativamente reprovada na Lei mosaica. “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3).

Quão grave é cultuar a criatura ao invés do Criador

Foi gravíssimo o pecado do povo hebreu quando na ausência de Moisés instigou o líder Arão a confeccionar deuses para si (Ex 32.1). Arão, contrariando a já dada expressa ordem de Deus contra a idolatria, fabrica um bezerro de ouro e junta-se ao povo na proclamação: “Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito” (Is 32.4).

Dois pecados ao menos ali estavam expressos naquele culto profano: o supremo Criador reduzido à imagem de um animal (típico dos cultos egípcios) e louvores sendo prestados a uma imagem de escultura, o que Deus proibira com forte ameaça (Ex 20.4,5).

Não pensemos, contudo, que tal veneração da natureza seja uma prática ultrapassada. Comunidades indígenas não muito distante de nós aqui no Brasil ainda mantém as tradições milenares de suplicar graças à “mãe natureza” – eis aí mais  um motivo porque a Igreja deve acelerar a evangelização global e garantir a manutenção dos missionários que estão apresentando o Criador e Salvador à estas pessoas ainda presas na ignorância e perdidas nas trevas. Oremos e trabalhemos!

Especula-se que existam hoje pelo menos 300 milhões de divindades só na Índia, onde plantas e animais são venerados como divindades. Paulo, em seu tempo, já falava sobre estas religiões panteístas: “…honraram e serviram mais a criatura do que o Criador…” (Rm 1.25). É muito propícia a este assunto a letra do hino Grata Nova, na Harpa Cristã:

“Com ofertas e obras mortas,
Sacrifícios sem valor,
Enganado, pensa o homem,
Propiciar Seu Criador,
Meios de salvar-se inventa;
Clama, roga em seu favor,
A supostos mediadores,
Desprezando o Deus de amor

Como dizia Salomão, “Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” (Ec 7.29). Inventa para si deuses e religiões, clama e roga a eles por benesses; alguns o fazem por pura ignorância, outros em deliberada rejeição ao evangelho de Jesus Cristo.

Animais e vegetais na adoração

Como já vimos no estudo das primeiras Lições, os capítulos iniciais de Levítico (1 a 7) são dedicados à regulamentação das ofertas de origem animal ou vegetal na adoração ao Senhor. Um estudo atento do livro de Levítico mostrará que Deus sempre requereu duas coisas dos que o adoravam: santificação e oferta. “Ninguém aparecerá diante de mim com as mãos vazias” (Ex 23.15; 3.20).

Retrocedendo até os dias primitivos, notamos que desde cedo os adoradores aprenderam a “trazer as mãos cheias” para ofertar ao Senhor tanto sacrifício animal como vegetal (veja-se o caso dos irmãos Abel e Caim, filhos de Adão – Gn 4.2-4). Cultuar a Deus mediante tais ofertas era:

  1. Oferecer uma demonstração de gratidão pela provisão (é o que fazemos hoje quando oramos agradecidos pelas refeições);
  2. Reconhecer que tudo a Deus pertence (é o que fazemos quando ofertamos na nossa congregação local ou quando repartimos com o próximo que está em necessidade)
  3. Compreender que o pecado deve ser reparado (é o que fazemos quando aceitamos o sacrifício vicário de Cristo por nosso favor e somente nele depositamos confiança para nossa remissão).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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