Siga-nos!

estudos bíblicos

O nascimento de um líder profético em Israel

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 2 do trimestre sobre “O Governo Divino em Mãos Humanas – Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel”.

em

Profeta Samuel. (Foto: Reprodução)

III. A dedicação de Samuel

1. O nascimento de Samuel

Em resposta às súplicas de Ana, o Senhor operou um milagre revertendo sua esterilidade em fertilidade. Costumamos mencionar apenas Samuel, mas Deus concedeu a Ana muitos filhos além dele: três filhos e duas filhas (1Sm 2.21), inclusive o texto sugere que os muitos filhos lhe foram dados “no lugar daquele por quem ela pediu e dedicou ao Senhor” (v. 20). Ou seja, para quem pedia um filho varão, Deus lhe deu quatro varões! Para quem queria uma criança, Deus lhe concedeu seis ao total! Ana semeou um filho, colheu muitos outros para glória de Deus!

Não sabemos exatamente o significado do nome Samuel, mas há duas possibilidades: (1) “o nome de Deus” ou “Deus é o seu nome”; ou (2) “ouvido de Deus” ou “Deus ouviu”. Creio ser esta segunda opção a que mais se ajusta ao contexto, já que Samuel foi o filho que Deus deu à Ana em resposta de sua petição. Deus a ouviu e respondeu, dando-lhe um filho varão. Seja como for, o nome Deus (El, em hebraico) está presente no nome Samuel, ressaltando ter sido sua concepção e nascimento um milagre do Senhor, resposta de Deus à oração de uma mãe fiel.

Para reflexão de pais e mães: os nomes que vocês têm dado aos seus filhos são nomes que exaltam a Deus ou são nomes que exaltam artistas e celebridades do cinema, da música e do futebol? Não podemos consagrar nossos filhos a Deus enquanto lhes damos nomes que fazem alusão à personalidades ímpias e até mesmo à entidades do paganismo. Sejamos prudentes!

2. O cumprimento do voto

Após o nascimento de Samuel, Ana ficou entre um a três anos sem subir à Casa do Senhor em Siló, mas não por relaxamento na adoração e sim por uma prudência maternal (a criança era muito pequena para longas viagens no colo da mãe) e também porque Ana estava decidida a entregar seu filho ao Senhor, cumprindo o voto que fizera, mas quando a criança já não mais dependesse do leite e de outros cuidados maternais.

Ana era uma mulher sábia e não agia por mera emoção! Se ela não perdeu o equilíbrio e a razão nem mesmo sob as tempestades emocionais que sofrera antes, muito mais equilíbrio teria agora que estava tomada de alegria por receber o milagre em seus braços!

O Comentário Bíblico Beacon pontua que a criança era desmamada “entre dois e três anos de idade” [1]. Foi por esta idade que o pequeno Samuel foi entregue por seus pais aos cuidados do sacerdote Eli e para sempre estaria servindo ao Senhor longe de seu lar. Ressalte-se que o voto de Ana foi concordado e confirmado pelo seu esposo Elcana, que respondeu a ela: “Faça o que lhe parecer melhor. Fique aqui até desmamá-lo; que o SENHOR apenas confirme a palavra dele!” (1Sm 1.23).

Samuel não foi entregue para o serviço religioso sem o consentimento do pai, mas em comum acordo entre Ana e Elcana, afinal, Samuel era filho de ambos. Votos que envolvem a família devem ser concordados pela família, pois ninguém pode prometer dar a Deus o que é de outros ou o que outras pessoas têm igual responsabilidade. Se Penina era a tola que buscava destruir o lar com as próprias palavras, Ana era a esposa sábia que tomava decisões pensadas e concordadas com seu marido.

3. Dedicação de Samuel

Samuel certamente já andava e estava aprendendo as primeiras palavras quando passou a morar junto à Casa de Deus, onde ficavam os utensílios sagrados e onde o culto diário era oferecido a Deus, com a entrega de muitos sacrifícios. O pequeno levita certamente muito aprendeu ouvindo a exposição da Lei, lendo rolos que lhe eram disponibilizados e, ainda mais, observando atentamente tudo ao seu redor. Crianças aprendem mais vendo do que apenas ouvindo e lendo; e aprendem ainda mais exercitando do que apenas observando. De fato, “Samuel, contudo, ainda menino, ministrava perante o SENHOR” (1Sm 2.18). Ele aprendeu para ministrar, e aprendia enquanto ministrava.

Quem imaginava que aquela criança viria a ser um grande juiz, fiel sacerdote e respeitado profeta da nação de Israel, e pioneiro no movimento que veio a ser conhecido com o “rancho de profetas” ou “escola de profetas”? Pois é, ninguém despreze as criancinhas da casa do Senhor!

Conclusão

Concluímos este estudo reproduzindo algo que já dissemos na Lição passada:  o contexto do nascimento de Samuel é revelador quanto ao papel da família, especialmente de uma mãe temente a Deus na boa direção não só de um filho, mas na influência sobre os destinos uma nação! Se as mães cristãs do Brasil entenderem o quanto elas podem fazer, a exemplo da irmã Ana, para atirar seus filhos como flechas na direção da vida de pureza e piedade, não demorará muito para vermos uma nação abalada pelo poder de Deus, cheia de filhos abençoados e santos!

______________
Referência

[1] W.T. Purkiser em Comentário Bíblico Beacon, vol. 2, CPAD, p. 181

Páginas: 1 2 3

Trending