estudos bíblicos
O que a Bíblia diz sobre a sexualidade?
Conceitos e perspectivas bíblicas sobre a sexualidade.
O casamento como limite ético para o sexo
De longas datas a liberação sexual tem estado presente na sociedade. E com elas todas as mazelas que a acompanham: doenças sexualmente transmissíveis e um alto número de mortos em decorrência delas; iniciação precoce da atividade sexual, com meninos e meninas perdendo a inocência da infância e até se colocando como vítimas de pedófilos; gravidez indesejada, com adolescentes cada vez mais cedo virando pais e mães; infidelidade conjugal, com os altos índices de separação ou crimes passionais que se seguem, além da destruição de famílias e abandono dos filhos.
Se os homens obedecessem aos limites estabelecidos por Deus, não sofreriam estas dores. Mas “De que se queixa o homem? Queixe-se cada um dos seus pecados” (Lm 3.39).
Numa sociedade que descartou o valor moral da virgindade, que banalizou o casamento, que ridicularizou a ideia da fidelidade “até que a morte os separe”, que zombou do modelo tradicional de família e exaltou relações nada conservadoras, não é de se surpreender que existam tantas doenças, tantas desavenças nas famílias e tantos crimes de alguma forma ligados à sexualidade desregrada como vemos em nosso país!
Castidade
O escritor britânico C. S. Lewis comentando sobre a moralidade sexual, dizia que “a castidade é a virtude mais impopular, mas não há como escapar dela; a regra cristã é: ‘Ou o casamento com fidelidade completa ao parceiro, ou a total abstinência’” [10].
Lewis estava certo. Paulo também aconselhava a que todo homem ficasse livre de relação matrimonial, como ele (mas nesse caso, em quanto tempo a raça humana seria extinta?); entretanto, o apóstolo aconselha imediatamente: “mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido” (1Co 7.2). Se Paulo julgava que o mundo de seu tempo era imoral, o que ele diria do nosso mundo hoje? O casamento é também um lugar de refúgio contra a prostituição reinante no mundo de trevas!
Tanto o solteiro quanto o divorciado ou viúvo, devem viver a pureza sexual e “fugir da fornicação” (1Co 6.18), que é o pecado da prática sexual envolvendo pessoas não casadas entre si. Não é fácil quando se é bombardeado de todos os lados por esta “geração perversa” (At 2.40) na qual vivemos, saturada de pornografia e sensualidade. Todavia, a Bíblia ordena que busquemos a santificação (Hb 12.14), sob uma bendita promessa: “os puros de coração verão a Deus” (Mt 5.8). Manter espírito, alma e corpo irrepreensíveis é um desafio para o homem ou mulher de Deus, todavia contamos com a ajuda da Trindade santa e muitos recursos que dela provém para sermos vencedores como José foi vencedor na casa de Potifar! (Gn 39.6-12).
Se vivemos debaixo de uma graça que é superabundante, então podemos sim ser vencedores!
Fidelidade conjugal
A Bíblia diz que o casamento deve ser honrado por todos, e deve ser mentida “pura a união conjugal” (Hb 13.4, NVT). E há uma ameaça: Deus certamente julgará os impuros e adúlteros.
Os judeus nos dias do profeta Malaquias amargaram a ira de Deus contra eles e tiveram seus sacrifícios reprovados. Embora fossem dramáticos ao oferecer suas ofertas ao Senhor, elas não eram aceitas. Então perguntavam a Deus o porquê, e Ele lhes respondeu:
“Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade” (Ml 2.14,15)
O apóstolo Pedro disse que se o homem maltrata sua mulher, suas orações podem ser interrompidas (1Pe 3.7). Agora, imagine quão mais grave é a situação quando o homem trai a sua esposa, a abandona ou se separa dela para viver outra relação? Não só o juiz e as testemunhas ouviram o juramento de fidelidade que um cônjuge fez ao outro no dia da celebração do casamento, mas o próprio Deus diz: “fui testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade”. Os olhos de Deus tudo veem e seus ouvidos tudo ouvem, para dar a cada um a retribuição de suas obras! Deus é a principal testemunha do nosso casamento.
Aos que usam o argumento da “incompatibilidade de gênios” ou da paixão que acabou para justificar a separação e ir em busca de uma nova aventura no amor, deixo as sábias ponderações do escritor britânico C.S. Lewis:
“deixar de estar ‘apaixonado’ não precisa significar deixar de amar. Amar (…) não é meramente um sentimento. Trata-se de uma profunda unidade, mantida pela vontade e fortalecida deliberadamente pelo hábito; reforçada pela graça (no caso dos matrimônios cristãos) que ambos os parceiros pedem a Deus e dele recebem. (…) É esse amor o combustível que faz o motor do casamento funcionar; estar apaixonado foi a ignição que deu partida” [11]. Apesar de não ter esposa (como Paulo também não tinha) quando escreveu Cristianismo Puro e Simples (1952)[12], Lewis escreve com muita propriedade sobre o amor perene na relação matrimonial.
Aliás, aproveitando a metáfora deste escritor britânico, vale ainda dizer que mesmo quando o combustível do carro acaba, nós não abandonamos o carro, nem o trocamos por outro; antes reabastecemos o carro e prosseguimos nele. Afinal, não juramos fidelidade ao nosso cônjuge “até que a falta de paixão/amor nos separe”, mas “até que a morte nos separe”. E Deus cobrará por este juramento que fizemos como cobrou dos judeus quatro séculos antes de Cristo!
REFERÊNCIAS
[1] Fonte: Wikipédia
[2] T.D. Gledhill. Novo Dicionário de Teologia Bíblica (eds. Alexander & Rosner), Vida, p. 313
[3] C.S. Lewis. Cristianismo puro e simples, Thomas Nelson Brasil, p. 139
[4] Bruce Winter. Comentário Bíblico Vida Nova (eds. D.A.Carson et all), Vida Nova, p. 1761
[5] Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, p. 204
[6] Stanley Horton. I e II Coríntios: os problemas da igreja e suas soluções, CPAD, p. 69
[7] Stanley Horton. Op. cit., p. 70
[8] Josh McDowell e Erin Davis. Verdade nua e crua: amor, sexo e relacionamento, CPAD, pp. 20-23
[9] R.C. Ortlund Jr. Novo Dicionário de Teologia Bíblica (eds. Alexander & Rosner), Vida, p. 615
[10] C.S. Lewis. Op. cit., p. 136
[11] C.S. Lewis. Op. cit., p. 151
[12] C.S. Lewis foi casado entre 1956 e 1960, quando sua esposa, também escritora e poeta, Joy Davidman veio a falecer com uma grave doença. Em 1961, Lewis publicou o livro A Grief Observed (publicado em português pela editora Vida, sob o título A anatomia da dor), onde ele com grande intensidade e sofrimento, revela seu sentimento de indignação após a perda de sua amada, e revela como Deus trabalha em meio a dor.
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