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educação financeira

O que a Bíblia diz sobre a vida financeira?

Um teologia para suas finanças.

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Dinheiro e mudas de árvores. (Foto: Nattanan Kanchanaprat / Pixabay)

Meios honestos para ganhar dinheiro

Meios extraordinários e meio ordinário

Um homem pode herdar bens de seus pais ou avós, ganhar um processo na justiça do qual ele experimente uma reviravolta em suas economias, receber uma indenização, ou até ter a sorte de ganhar um grande prêmio que lhe dê folga financeira por muitos anos.

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Estes são meios extraordinários (fora do comum) para se obter dinheiro.

Todavia, o trabalho é o meio ordinário (comum) estabelecido por Deus para a nossa provisão diária: “Esforcem-se para ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, como nós os instruímos” (1Ts 4.11).

Aos que já cumpriram toda sua jornada de trabalho ao longo dos anos, a aposentadoria na velhice é justa; aos que em virtude de uma doença grave ou acidente se veem impossibilitados de trabalhar, auxílios e indenizações são igualmente fontes justas de provisão.

Cuidado com a cobiça

Há quem vive correndo atrás de ilusões, se envolvendo em apostas ou entrando em negócios ilícitos, aspirando uma súbita ascensão social, que não por meio do trabalho digno e paulatino.

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Ponderemos a sabedoria dos Provérbios: “Quem trabalha a sua terra terá fartura de alimento, mas quem vai atrás de fantasias não tem juízo” (Pv 12.11).

Quantos crentes há que não dizimam nem ofertam em suas igrejas, mas não perdem de comprar uma Tele-sena do Silvio Santos?

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Quantos há que nunca pegam o cofrinho missionário para ajudar os que propagam o Evangelho, mas não perdem de apostar no jogo do bicho quando voltam do trabalho pra casa nos finais de semana. Correndo atrás de fantasias!

“Vou viver só pela fé”. Mas pela fé de quem?

Há outros que dizem ter sido chamados para “viver só da obra”, quando não receberam de Deus nenhuma chamada para a dedicação exclusiva à Igreja.

Há, creio, pessoas a quem Deus chamou, confirmou e colocou para o serviço exclusivo no Reino de Deus, e o fazem com zelo e dedicação, gerando frutos para uma igreja local ou no serviço itinerante.

Há homens e mulheres que merecem o nosso respeito e com os quais é lícito repartir dos nossos bens (Gl 6.6).

Todavia, os que buscam apenas se locupletar na igreja, espoliando os crentes com pregações vazias de conteúdo bíblico e saturadas de distorções doutrinárias, músicas de péssima qualidade, ou entretenimento profano que confunde a Igreja do Senhor com teatro, estes buscam viver da fé dos outros, verdadeiras sanguessugas! Aos tais, que pese a famosa recomendação de Salomão: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso” (Pv 6.6).

O apóstolo Paulo, sabendo que havia aproveitadores na igreja, mentes preguiçosas e ociosas que queriam viver às custas dos outros em nome da fé (embora na prática vivessem contrário à ela), adverte severamente: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2Ts 3.10).

Ao menos até a geração de crentes seguinte este bom ensino apostólico foi preservado, como se vê no famoso documento cristão Didaquê (escrito possivelmente entre 60 d.C. e 90 d.C.), quando em seu décimo primeiro capítulo adverte: “Se alguém disser sob inspiração: ‘Dê-me dinheiro’ ou qualquer outra coisa, não o escutem. Porém, se ele pedir para dar a outros necessitados, então ninguém o julgue” (Didaquê 11.12).

O trabalho é ordenado como meio de sustento: “Se [alguém] quiser se estabelecer e tiver uma profissão, então que trabalhe para se sustentar” (12.3). Muambeiros da fé não gozavam de prestígio naquela geração de crentes: “Se não quiser conformar-se com isto, é um que quer fazer negócios com o cristianismo. Acautelai-vos contra tal gente” (12.5).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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