estudos bíblicos
O que a Bíblia diz sobre ideologia de gênero?
Base, perigos e consequências dessa desastrosa teoria
Deformação da família e da sociedade
Os ideólogos do gênero pretendem afirmar que há uma diferença entre identidade de gênero e orientação sexual. Ou seja, a identidade é aquilo que a pessoa se reconhece a despeito de sua constituição física; orientação é aquela preferência sexual que também independe da constituição física.
Assim, a pessoa pode ser uma mulher em sua constituição física/natureza, mas identificar-se como do gênero masculino, exigir um nome social masculino, receber tratamento hormonal masculino e passar a ser tratado socialmente e legalmente transgênero, que é alguém cuja identidade de gênero é oposta à sua constituição biológica natural.
Agora suponhamos que esta mesma pessoa tenha uma orientação heterossexual ou bissexual, e venha a engravidar (já que sua constituição física é feminina).
Como ela deveria ser chamada? De mãe ou de pai? Um pai grávido? Um homem grávido? Se você – com razão! – acha isso um absurdo, então leia esta história de um suposto caso de um “pai grávido”: http://www.hypeness.com.br/2015/11/a-emocionante-historia-do-homem-trans-que-se-descobriu-gravido/.
Este é o mundo em que vivemos: uma mulher toma hormônios para se parecer masculina, assume uma identidade social masculina, mas deseja a maternidade que é própria da mulher/mãe.
Consegue mensurar o trauma desta criança ao descobrir que sua mãe é na verdade um “pai” ou, como preferem os ideólogos do gênero, um “cuidador”? E que fez cirurgia de mastectomia, ficando impedida de alimentar a criança em seu próprio seio? E que “mamãe” tem barba e pelos em todo corpo? Isto é ideologia de gênero! E as coisas pioram quando você descobre que entre as muitas identidades de gênero existe uma tal identidade “gênero-fluido”, de que já falei acima, que é alguém cujo gênero muda de tempos em tempos.
Ou seja: é possível que uma criança nasça num lar onde ela tem mãe e pai conforme o tradicional; mas se seus pais forem persuadidos pela ideologia do gênero, é muito possível e “normal” que quando esta criança tiver três anos veja seus pais se identificarem como transgêneros, invertendo os papéis familiares além de uma mudança de constituição física, especialmente se ambos começarem a tomar hormônios e se submeterem a cirurgias para troca de sexo.
Consegue imaginar a confusão na cabeça desta criança ao ver tal desavença dentro de casa? Isto é ideologia de gênero!
O que temos a ver com isso?
Algumas pessoas podem questionar: “mas se um homem diz que é mulher e quer viver sua vida como mulher, não é problema dele?! Por que temos que nos preocupar e nos envolver nas escolhas dos outros?”. Alguns até usam de tom piedoso: “Quem somos nós pra julgar as preferências das outras pessoas? Devemos amar, e não julgar”.
Perguntar ou afirmar essas coisas é muita ingenuidade, misturada com ignorância sobre os fatos e as implicações da ideologia de gênero, além de revelar grave frouxidão nos valores éticos esposados na Bíblia sagrada. Ideologia de gênero não é uma mera questão de escolha pessoal de foro privado, mas uma ideologia com implicações comportamentais em toda sociedade, inclusive sobre as famílias cristãs.
Como destaca Antonio Pirola, esta famigerada ideologia “pretende transferir para o Estado o direito de ensinar valores morais para as crianças, independente da opinião dos pais, o que é bastante conveniente para os propósitos seguintes. Depois incluir nos planos de educação nacional, estadual e municipal os princípios dessa ideologia, dando a ela certa legalidade. Para finalmente, incutir na cabeça dos nossos filhos a ideia de que a eles podem escolher ser menino ou menina, independente do seu sexo biológico” (7).
Somos “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5.13-16), não podemos ficar alienados da realidade em nossa volta. Temos que ter uma posição firme na defesa . Como dizia Neemias, “lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas” (Ne 4.14, NVI). A quem pensar que a missão da Igreja se restringe às atividades evangelísticas, deixo para reflexão as sábias palavras do teólogo pentecostal Myer Pearlman:
“A Igreja é a ‘luz do mundo’, que afasta a ignorância moral, e o ‘sal da terra’, que preserva da corrupção moral. A Igreja deve ensinar os homens a viver bem e a se preparar para a morte. Deve proclamar o plano de Deus para regulamentar todas as esferas e atividades da vida. Ela deve levantar sua voz de admoestação contra as tendências para a corrupção da sociedade. Em todos os pontos de perigo, deve colocar uma luz para assinalá-los” (8)