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Maior animação bíblica fica para trás após estreia de ‘O Rei dos Reis’

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O longa-metragem O Rei dos Reis, produzido pela Angel Studios, estreou no fim de semana com uma arrecadação estimada em US$ 19.050.397, estabelecendo um novo recorde de bilheteria para filmes de animação bíblicos nos Estados Unidos.

A produção foi exibida em 3.200 salas de cinema, alcançando US$ 7 milhões na sexta-feira, US$ 6,8 milhões no sábado e US$ 5,2 milhões no domingo, segundo dados da própria distribuidora.

Com esses números, o filme superou lançamentos anteriores do gênero, como O Príncipe do Egito (DreamWorks, 1998), que arrecadou US$ 14,5 milhões em sua estreia; A Estrela de Belém (Sony, 2017), com US$ 9,8 milhões; e Jonah e Os Vegetais (Big Idea, 2002), com US$ 6,2 milhões, de acordo com o The Numbers.

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Além do desempenho financeiro, O Rei dos Reis recebeu a nota A+ no CinemaScore, uma das classificações mais raras entre os filmes exibidos nos cinemas americanos. Segundo Brandon Purdie, Diretor Global de Distribuição Cinematográfica da Angel Studios, a recepção reflete o alinhamento da obra com o público:

“O CinemaScore de O Rei dos Reis diz tudo. O filme é um dos 128 a alcançar a nota A+, e apenas o quinto filme de animação a receber esse título que não é uma produção da Pixar ou Disney”, afirmou. “As famílias querem filmes de qualidade para assistir juntas nos cinemas. Este fim de semana simplesmente reflete o que o público anseia”.

Narrativa cristã com estética vitoriana

O filme narra a vida de Jesus Cristo por meio da imaginação de uma criança e da perspectiva do escritor Charles Dickens, sendo vagamente baseado no livro A Vida de Nosso Senhor, escrito por Dickens para seus filhos.

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Segundo a sinopse oficial, a história é apresentada como um conto de ninar, no qual um menino acompanha os passos de Jesus — desde os milagres até a crucificação — em uma releitura sensível e acessível do Evangelho.

A produção reúne um elenco de vozes conhecido internacionalmente, incluindo Kenneth Branagh, Uma Thurman, Pierce Brosnan, Mark Hamill, Forest Whitaker, Ben Kingsley, Oscar Isaac e Roman Griffin Davis. A trilha sonora original conta com participação da cantora Kristin Chenoweth, que coescreveu e interpretou a música final “Live Like That”.

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Missão evangelística por trás da criação

O diretor sul-coreano Seong-Ho Jang, que se declara cristão, disse ao portal The Christian Post que o projeto nasceu de um desejo pessoal de preencher uma lacuna na indústria cinematográfica.

“Como cristão, fiquei um pouco surpreso por não haver nenhum filme de animação que fale sobre a história de Jesus”, afirmou, por meio de um tradutor. “Então, houve uma grande motivação para mim”.

Ele também destacou seu desejo de comunicar a mensagem do Evangelho de forma eficaz para as novas gerações na Coreia do Sul, onde, segundo ele, a presença de jovens nas igrejas tem diminuído.

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“Pensei que havia necessidade de alguém que transmitisse a mensagem de Jesus da maneira certa. Todo esse projeto começou com a minha ideia de extrair apenas uma palavra de toda a Bíblia. Eu pensei que fosse amor. Jesus é amor. Quero que [o público] sinta que a razão do Seu sacrifício é o Seu amor por nós.”

A declaração remete à passagem de João 15:13, que diz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos”.

Tecnologia e imersão visual

O diretor de fotografia e produtor Woo-hyung Kim detalhou o processo tecnológico utilizado na produção, que mescla captura de movimento com ambientes virtuais tridimensionais.

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“Primeiro, contratamos os atores e depois capturamos os movimentos”, explicou. “E, depois que tudo está pronto, entro no mundo virtual com minha câmera virtual e faço os movimentos de câmera lá, repetidamente”.

A proposta, segundo Kim, era aproximar o público de uma experiência cinematográfica comparável a um épico de ação ao vivo, sem perder a essência da animação narrativa.

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