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Padres querem “abençoar” união homossexual em desafio ao Vaticano

Igreja Católica se posicionou contra celebração de união gay.

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papa Francisco
Para Francisco (Foto: Hector Pustina/AP Photo)

Padres católicos europeus estão decididos a desafiar o Vaticano e continuar a “abençoar” as uniões entre pessoas do mesmo sexo, mesmo após proibição da Santa Sé. O pontificado católico havia decidido que seus sacerdotes não podem abençoar relacionamentos pecaminosos.

A Iniciativa de Padres Austríacos, entidade que apoiou a prática de proferir bênçãos sacerdotais para pessoas que mantém relacionamento homossexual, divulgou uma declaração esta semana expressão sua intenção de desobedecer a ordem sobre a Doutrina de Fé do Vaticano.

O grupo de padres declarou estar “profundamente chocado com o novo decreto romano que proíbe a bênção de casais que amam o mesmo sexo”. “Esta é uma recaída em tempos que esperávamos superar com o Papa Francisco”, afirmam as declarações do grupo, conforme noticiado pela CBS News.

“Em solidariedade com tantos, não rejeitaremos nenhum ‘casal’ amoroso no futuro que queira celebrar a bênção de Deus, que eles experimentam todos os dias, em um culto na igreja” disseram.

A iniciativa, fundada em 2006, tem cerca de 350 membros que residem principalmente na Áustria. O grupo argumentou que pessoas do mesmo sexo podem ser tão amorosos quanto casais heterossexuais.

“A realidade já mostrou há muito tempo que casais do mesmo sexo conectados por amor podem muito bem celebrar a bênção de Deus na igreja. Uma teologia de ponta estabelece essa prática responsável”, acrescentou o grupo.

egundo nota oficial, a liderança católica reconhece que “Deus não pode abençoar o pecado”, sinalizando sua visão bíblica de que a homossexualidade é pecado diante da Palavra de Deus. A decisão foi emitida pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), em resposta a perguntas enviadas por algumas paróquias.

“Como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo. A presença em tais relações de elementos positivos, que por si só devem ser valorizados e apreciados, não pode justificar essas relações e torná-las objetos legítimos de uma bênção eclesial, uma vez que os elementos positivos existem no contexto de uma união não ordenada ao desígnio do Criador”, diz a declaração do Vaticano.

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