Siga-nos!

igreja perseguida

Pastor paquistanês é acusado de atirar em si mesmo, após denunciar ataque

Pastor no Paquistão é acusado de fazer alegações falsas após lesão a tiros autoinfligida.

em

Eleazar Sidhu (Foto: Reprodução/Morning Star News)

No dia 3 de setembro o Rev. Eleazar Sidhu, pastor de uma igreja presbiteriana, havia registrado uma queixa na polícia alegando que extremistas muçulmanos ordenaram que ele recitasse o credo islâmico e atiraram nele quando ele se recusou. Já na sexta-feira (29), a polícia do Paquistão acusou o pastor de fazer alegações falsas depois que ele admitiu que uma ferida a tiros foi autoinfligida.

Nesse sentido, em 14 de setembro, uma carta de rescisão ao Pastor Sidhu, escrita pelo Rev. Altaf Khan em nome do Conselho da Igreja Presbiteriana do Paquistão, foi postada nas redes sociais, afirmando que ele havia sido suspenso da Igreja Presbiteriana Myong-Sang Nasreth depois que ele “confessou voluntariamente” a colegas e amigos que a lesão foi autoinfligida.

Segundo o pastor Khan, Sidhu teria admitido “ter planejado todo o ato sem medo, coerção ou pressão”, Khan acrescentou que a igreja não queria “tirar quaisquer conclusões, uma vez que o assunto está em julgamento”, mas que estava encerrando seu contrato de trabalho e quaisquer laços profissionais com ele “até que o assunto chegue a uma conclusão lógica”.

No dia seguinte, um vídeo que surgiu nas redes sociais mostrou o Pastor Sidhu, também conhecido como pastor Vicky, fazendo uma confissão na frente de um policial. No vídeo ele aparece dizendo para o policial que havia autoinfligido a lesão por causa do estresse, pois ele “queria proteção policial”. Ele também revelou que jogou a pistola em um canal.

Ghazala Shafique, ativista de direitos humanos com base em Karachi, disse que o Pastor Sidhu afirmou que a polícia o torturou fisicamente e mentalmente para confessar, mas uma fonte confiável da polícia de Faisalabad negou. A ativista disse que acreditava na história de Sidhu “porque ele fez um juramento sobre a Bíblia de que estava dizendo a verdade”.

“Sua família entrou em contato comigo para intervir, porque, segundo eles, a polícia havia extraído a confissão de Vicky à força e o estava mantendo em cativeiro ilegal. Quando encontrei Vicky, ele parecia que havia sofrido tortura mental severa. Ele diz que é inocente, e nós acreditamos nele”, disse ela.

Nesse sentido, o policial do caso disse que a mulher e seu cúmplice “se comportaram mal com os guardas da polícia que estavam na casa de Sidhu quando foram impedidos de levá-lo para fora”. Shafique insistiu que o único objetivo deles era garantir justiça para o pastor.

“Nós não confiamos no relatório médico ou na investigação policial. O Pastor Vicky nos disse que foi torturado fisicamente e mentalmente para obter uma confissão, por isso levantamos a voz contra a brutalidade policial”, disse ela, de acordo com Morning Star News.

Assim, a suposta falsa alegação do pastor, seguida de ativismo de um alguns defensores dos direitos cristãos nas redes sociais, desviou a atenção da perseguição de Jaranwala e endossou as reivindicações de grupos linha-dura de que os cristãos estavam explorando casos de blasfêmia para obter asilo em países ocidentais.

Trending