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Pastores divergem sobre consumo de bebida alcoólica

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Um debate recente entre líderes evangélicos reacendeu a discussão sobre o consumo de bebidas alcoólicas entre cristãos. O pastor Lucinho Barreto, da Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte (MG), afirmou em mensagem que “crente não bebe”, associando a postura à necessidade de abandonar práticas da vida anterior à conversão.

“Todo mundo tem que praticar um divórcio quando encontra Jesus. Você tem que ser ex alguma coisa. A Patrícia é uma ex-pinguça. E, infelizmente, na nossa família lá, a gente ainda luta muito com muita gente. Sabe o que eu acho, Pat? Que muita gente ainda não recebeu um vídeo do irmão ou da irmã caída na calçada sem conseguir chegar em casa, igual a gente recebe direto. Se eles recebessem isso…”, declarou.

Lucinho acrescentou que, segundo sua experiência, não há razão para que cristãos incluam bebidas alcoólicas em celebrações.

“Eu nunca fui numa festa e o não-crente falou assim ‘Olha, o pastor tá vindo aqui, vamos servir ceia do Senhor?’. Mas os crentes querem servir bebida alcoólica na festa de casamento, porque vai vir um tio lá do quinto dos Infernos que bebe uma pinga. Crente não bebe!”.

Em contraponto, o pastor Jack, da Igreja Vintage em Porto Alegre (RS), contestou a afirmação. Ele destacou que a base para o posicionamento cristão deve ser a Escritura, não experiências pessoais.

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“Lucinho, crente não mente. A Bíblia fala disso. Crente não mente. Tu tá mentindo. Para de mentir. […] Meu avô era podre de bêbado, um ébrio, bebia até cair. Batia na minha avó. O resto da minha família, vários. Cansei de ver briga. […] Mas eu não vou falar contra bebida com base nisso. Minha base não é o que eu vivi. A minha base da minha fé é a Bíblia. Porque no final do dia, o problema não foi a bebida, o problema foi o bêbado”.

Jack afirmou que a Escritura condena a embriaguez, mas não o consumo moderado.

“Tem gente que bebe e não faz isso. Tem gente que bebe e faz isso. A Bíblia condena uma coisa. Condena embriaguez. Então pare de mentir. ‘Ah, mas eu não quero beber’. O problema é teu. […] O que eu bebo mesmo é na hora da ceia”.

O pastor também mencionou que, segundo o contexto histórico bíblico, o vinho citado nas Escrituras era alcoólico.

“Outra coisa, é impossível um crente ser crente sem beber. Porque ele tem que participar da ceia. Jesus falou de vinho. Ele falou de pão. Pão é pão, vinho é vinho. […] Vocês acham que tinha suco de uva no período bíblico? Como é que vocês conseguem ler vinho e pensar em Tang?”.

Jack concluiu defendendo o ensino do domínio próprio como alternativa ao proibicionismo.

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“Se os caras se embebedavam em Corinto, na ceia, é porque o vinho da ceia embebedava. […] Não seria melhor ensinar domínio próprio para o povo? […] Eu não vou vencer um pecado de embriaguez com o pecado da mentira. […] Quando eu quero ter uma espiritualidade superior à espiritualidade apostólica, eu estou cometendo pecado. […] Como que resolve com quem se embriaga? Não se embriague”.

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