pastoral
Fidelidade à Bíblia e acolhida a LGBTs é desafio, dizem pastores

O debate sobre a posição bíblica da Igreja em relação à homossexualidade tem gerado intensas discussões, especialmente entre aqueles que não pertencem à comunidade cristã. Críticos frequentemente questionam o contexto dos valores e ensinamentos das Sagradas Escrituras. Por outro lado, pastores têm se esforçado para equilibrar a obediência à Palavra de Deus e a receptividade aos LGBTs nas igrejas.
Nesse cenário, a abordagem evangelística no acolhimento dessas pessoas se apresenta como um grande desafio para as comunidades de fé. O pastor e teólogo Lourenço Stelio Rega, em suas reflexões sobre o tema, defende que, independentemente da condição da pessoa, existem dois passos essenciais no processo de recepção nas igrejas: o acolhimento e a condução à transformação por meio da conversão e do discipulado.
O objetivo, segundo ele, é que cada pessoa viva os valores bíblicos em todas as áreas de sua vida. Como ele afirma: “O chamado de Jesus é para o dia a dia, para cada momento e para todas as áreas da vida” (Lucas 9.23).
Rega observa que a cultura de gênero, atualmente, é algo socialmente construído, com cada indivíduo sendo visto como responsável por sua própria vida. Ele ressalta que essa visão de mundo entra em conflito com os princípios bíblicos, uma vez que a sociedade pós-moderna valoriza a autonomia individual.
O pastor aponta que a missão da Igreja é levar as pessoas ao Evangelho e desenvolvê-las em um discipulado que restaure sua conformidade à imagem de Deus, a imago Dei, perdida com a queda no Éden: “Isso se aplica a todos, independentemente de sua condição de vida, seja mentiroso, invejoso, maledicente, corrupto, ou tenha qualquer outra orientação sexual”, destaca.
Em relação ao ministério, Rega enfatiza que todos os membros da Igreja devem passar por uma transformação de vida para poderem servir de acordo com um modelo bíblico. Ele também reforça que a salvação não é condicionada à prática de boas obras, mas à fé. Essa mudança de vida, no entanto, é um reflexo de uma verdadeira conversão, como exemplificado na transformação de Zaqueu (Lucas 19.1-10).
Por outro lado, Rega também levanta a questão do suporte multidisciplinar necessário para aqueles que decidirem mudar sua orientação sexual. Segundo ele, ao renunciar a uma identidade baseada em uma opção sexual, a pessoa precisa de apoio psicológico, especialmente considerando a restrição imposta pelo Conselho Federal de Psicologia, que impede profissionais de oferecerem ajuda nesse processo. Ele vê isso como uma “lei da mordaça compulsória”, uma vez que muitos sentem a necessidade de renunciar à opção que escolheu, mas não têm o suporte adequado.
Do ponto de vista pastoral, o pastor Gilson Bifano sublinha a diferença entre ser homossexual e ter a tendência homossexual. Para ele, a primeira situação envolve a prática, enquanto a segunda diz respeito à tentação. Com a ajuda do Espírito Santo, acredita ele, é possível vencer essa tentação e viver conforme a vontade de Deus. À revista Comunhão, Bifano reforça que a linha que separa a condenação bíblica do dever da Igreja de acolher os pecadores é tênue.
Ele argumenta que a Igreja deve acolher todos os pecadores, incluindo os LGBTs, mas também deve deixar claro que os pecados, sejam eles de homossexualidade, fofoca, vícios ou mentiras, são condenados nas Escrituras.
Ele destacoa que a Igreja deve abraçar o pecador, mas com o compromisso de guiá-lo ao discipulado, ajudando-o a viver conforme os princípios bíblicos em áreas como sexualidade, finanças e relacionamentos.
Para Bifano, essa exortação à transformação deve ser feita com amor, assim como o apóstolo Paulo orientou em passagens como Romanos 1.21-27 e 1 Tessalonicenses 4.1-5. Dessa forma, a Igreja, ao acolher LGBTs, deve encontrar um equilíbrio entre a compaixão e a fidelidade aos ensinamentos das Escrituras, sempre com o propósito de guiar cada pessoa a uma transformação completa em Cristo, conforme os princípios do Evangelho.

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