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Pastores incentivam iniciativas de membros, mas tem dificuldades para desenvolver líderes

Pesquisa analisa como pastores, líderes e membros influenciam e servem a comunidade.

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Jovem com a Bíblia nas mãos dentro de templo (Gift Habeshaw / Unsplash)

Todo pastor espera que sua igreja tenha impacto em sua comunidade local – mas até mesmo os melhores ministérios e programas têm limitações. Muitas vezes, os pastores devem contar com a ajuda e liderança de seus membros para investir na vizinhança de sua igreja.

Em um estudo recente, o Instituto Barna comparou o impacto de iniciativas lideradas por leigos – fiéis sem formação teológica ou posição de liderança – nas comunidades locais e o que acontece quando cristãos praticantes – membros sem cargo – se reúnem para fazer o bem em seus bairros.

Essas descobertas e muitas outras são apresentadas no estudo Better Together [Melhor juntos], o terceiro de uma série de relatórios do instituto.

O poder dos líderes leigos e dos cristãos ainda é sentido, mesmo nas circunstâncias únicas de 2020. Ainda há inúmeras maneiras de os seguidores de Cristo continuarem a ser uma influência bem-vinda em suas comunidades.

Glenn Barth, líder do ministério GoodCities, incentiva “os líderes da igreja a começar a avaliar os resultados e analisar o que significaria reorientar a forma como avaliamos a liderança e os pastores da igreja, não apenas o quão bem eles lideram os membros que já fazem parte da nossa igreja, mas quão bem eles nos ajudam a servir nossas comunidades”.

Como as igrejas nutrem e incentivam os membros

Embora as principais prioridades dos pastores – o culto (29%) e o ensino (27%) – se concentrem em torno dos cultos dominicais, as iniciativas lideradas por leigos se encaixam bem em muitos de seus objetivos declarados.

Não é difícil ver como o envolvimento dos membros em grupos que atuam e impactam em seus bairros poderia proporcionar oportunidades para um alcance efetivo e evangelístico, construir relacionamentos e, é claro, engajamento comunitário, todos classificados entre as prioridades dos pastores.

Enquanto esses grupos podem se reunir fora das estruturas formais da igreja e do ensino, tais iniciativas independentes também poderiam ser encorajadas como parte do discipulado – a prioridade número um para um em cada quatro pastores (25%).

Esses grupos comunitários podem não apenas levar a experiências práticas e presenciais em trabalho social, mas também, como os cristãos praticantes nos dizem, contribuir para o crescimento espiritual pessoal, assim como muitos outros benefícios.

Os resultados da pesquisa podem estar pregando ao púlpito aqui; os pastores já vêem um tremendo valor em iniciativas lideradas por leigos – na verdade, a maioria prefere que sejam novos programas da igreja (40% concordam fortemente, 52% concordam um pouco) e sente que leigos assumindo responsabilidades é uma marca de uma igreja cada vez mais saudável (68% concordam fortemente, 28% concordam um pouco).

Assim, quase todos (97%) podem pensar em pelo menos um ministério liderado por membros que teve um impacto positivo em sua igreja, com mais de dois terços (68%) dizendo que todos eles têm sido um benefício.

Embora os pastores ainda assumam muita responsabilidade pessoal em vários aspectos de compartilhar o evangelho ou fazer boas obras, suas respostas indicam que eles estão contando com todos em sua congregação para assumir a missão de representar a Igreja na comunidade.

Em alguns casos, é mais provável que eles coloquem a responsabilidade sobre toda a igreja como um corpo do que sobre os líderes da igreja ou mesmo sobre si mesmos. Entre as coisas que eles especialmente esperam que qualquer membro possa abraçar estão o evangelismo e o testemunho (85%), mostrando aos outros como viver como cristãos (79%), ajudando os pobres (77%), ensinando aos outros sobre Deus (60%) e dando ajuda prática aos que estão doentes, em transição ou crise (59%).

Em geral, isto enfatiza o tema que os líderes da igreja endossam, fortalecendo os leigos. Mas a realidade é que os pastores podem estar esperando muito dos leigos e oferecendo pouco em termos de oportunidades de crescimento.

Por exemplo, apenas 9% concordam fortemente que sua equipe é boa em desenvolver novos líderes; outra metade (50%) concorda um pouco. Seja por causa de altos padrões ou baixo investimento, 41% dos pastores sentem que suas igrejas estão fazendo um trabalho fraco quando se trata de desenvolvimento de liderança.

Presença durante um tempo de distância

Apesar das dúvidas dos pastores em relação ao desenvolvimento da liderança em sua igreja, vários líderes diz que sua igreja e membros estão fazendo um esforço para apoiar sua comunidade local neste momento, em meio à pandemia da covid-19.

No mais recente painel de pastores do Instituto Barna, os líderes da igreja disseram que suas congregações estão focando principalmente em ajudar a distribuir alimentos e provisões (37%), alcançando membros idosos, isolados e em risco da comunidade (24%) e fornecendo recursos financeiros para aqueles que estão lutando (8%). Um quarto dos pastores (24%), entretanto, diz que sua igreja não tem uma resposta oficial ou organizada neste momento.

Mas isso não impediu que os leigos se propusessem a fazer o bem em sua comunidade. Mais da metade dos pastores norte-americanos (53%) relatam que seu povo está se organizando fora dos programas da igreja para atender às necessidades durante a crise.

Dada a informação acima sobre iniciativas lideradas por leigos, isso é motivo de celebração entre os líderes da igreja e também uma oportunidade incrível para os pastores equiparem e incentivarem seu povo a continuar sendo uma fonte de conforto, cura e esperança em suas comunidades.

Formou-se em Teologia na Inglaterra, exerceu trabalho pastoral durante 25 anos em Portugal e vive há 12 anos no Brasil onde ensina Inglês como segunda língua.

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