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Paulo Marcelo chama igreja de “milícia digital” ao defender Lula

Ex-pregador dos Gideões Missionários da Última Hora disse que igreja é manipulada.

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Lula e Paulo Marcelo
Lula e Paulo Marcelo (Foto: Reprodução/Instagram)

Os evangélicos terão um papel fundamental nas eleições de 2022, com o poder de decidir quem será o futuro presidente do país, tendo como candidatos nomes que já se posicionaram contra à igreja evangélica.

Isso tem levado a um intenso embate entre os candidatos, além de uma corrida para tentar conquistar esse eleitorado, incluindo a convocação de alguns nomes para tentar atrair votos, como o pastor Paulo Marcelo Schallenberger, da Assembleia de Deus em Foz do Iguaçu (PR).

Embora não tenha grande expressão no meio evangélico, Paulo Marcelo promete atrair votos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sofre forte rejeição do eleitorado evangélico.

Paulo Marcelo foi contratado pelo próprio ex-presidente para tentar fazer uma ponte entre ele e os evangélicos.

Durante uma entrevista ao Correio Braziliense, o ex-pregador do Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora acusou a igreja evangélica de sofrer manipulação durante anos a fim de apoiar o atual presidente, Jair Bolsonaro.

“O povo da igreja nunca foi manipulado da forma que foi. Antes, era apenas orientado à urna”, afirmou. “Se antes política era do diabo, agora é: ‘Se não tivermos um representante, nós seremos governados pelo diabo’. A igreja começou a querer esse poder para si e, daí, nasceu o bolsonarismo”.

Na entrevista, Paulo Marcelo fez uma associação entre as igrejas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro à discurso de ódio e manipulação, comparando com “milícia digital” e “massa de manobra”.

“A igreja era perseguida e, agora, persegue. Tornou-se massa de manobra e uma milícia digital”, declarou.

“Se o homem de Deus [pastores, bispos, cooperadores] estão dizendo para mim que aquilo não é bom, eu não buscarei informação. Se vem no WhatsApp do meu grupo da igreja, por que pegar um livro ou acessar o Google? Para que ler um jornal?”, concluiu.

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