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estudos bíblicos

Perseverando na fé

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 12 do trimestre sobre “A obra da salvação”

em

Oração. (Photo by Samuel Martins on Unsplash)

III. SEGUROS EM CRISTO

Guy Duffield e Nathaniel Van Cleave discorrendo sobre a segurança do crente, fazem uma declaração que merece destaque aqui, sobretudo em virtude do assunto de nossa Lição ser Perseverando na fé, e o presente tópico ser Segurança em Cristo. Aqueles autores dizem:

“Note cuidadosamente que este assunto não está sendo discutido sob o título ‘A insegurança do crente’, mas sim ‘A segurança do crente’. Acima de tudo, em nossa vida cristã, devemos ter uma certeza positiva de nossa salvação” (8).

De fato, conquanto exista a possibilidade real – não mera hipótese – da perda de salvação para o crente que declinar da fé, é preciso investirmos esforços para estimularmo-nos uns aos outros na permanência da fé, no amor e na santificação. É preciso estarmos sempre olhando “para o autor e consumador da nossa fé” (Hb 12.2), pois “aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6), e é fato que o nosso Senhor “é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria” (Jd 1.24). Não há contradição alguma neste ponto e no ponto anterior, pois a certeza de salvação é dada à todos aqueles que creram em Cristo e que nele vivem pela fé. Todavia, tal certeza não pode ser firme no coração do crente que não está firme em Cristo! Como dar certeza de salvação ao que vive em práticas pecaminosas e não se arrepende delas? O fato de Cristo ser poderoso para nos manter de pé, não significa que ele nos manterá de pé incondicionalmente, ou seja, sem exigir de nós um compromisso de fé e de obediência.

– fomos, somos e seremos salvos!

Deus não só nos salvou do pecado, como pode e quer nos salvar da ira futura e levar-nos para Sua glória celeste. Para salvação do pecado, ele exigiu de nós compromisso de fé com Cristo (Jo 1.11,12; 3.16); para preservar-nos da ira vindoura, ele exige de nós fidelidade a este compromisso firmado na conversão. Exige que sejamos fiéis até o fim! “mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24.13). Fomos salvos! Somos salvos! E seremos salvos! “desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio” (Hb 3.14) – vê-se aqui a grande condição – “desde que, de fato, nos apeguemos até o fim – que está sobre todos nós.

A porta é estreita, o caminho é apertado, mas temos o Espírito Santo e a Palavra de Deus como guias para não nos desviarmos do caminho, nem errarmos a porta! Se não nos endurecermos para o Espírito (Hb 3.6-8), podemos ter absoluta certeza de que Ele nos guiará em toda verdade, conforme assegurou-nos Jesus (Jo 16.13); a Tua Palavra é a verdade, disse também Jesus (Jo 17.17). Aos que guardam as palavras de Cristo, é dada mui bendita promessa de segurança eterna: “Asseguro-lhes que, se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte” (Jo 8.51). Mas perceba que não é “guarda uma vez” ou “guardou” no passado, mas “se alguém guardar”, o que sugere um ato contínuo, uma obediência permanente, uma observância diária dos mandamentos de Cristo. Aqueles que fizeram verdadeira profissão de fé lá atrás, mas que não produzem “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8), que não andam “segundo o Espírito” e não produzem o fruto do Espírito (Gl 5.22), serão cortados e queimados no fogo! (Jo 15.2,6).

Se vivermos firmes em Cristo como Paulo viveu, poderemos dizer sem medo: “Nada nos separará do amor de Deus!” (Rm 8.38,39). Entretanto, “como escaparemos se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb 2.3). Se pecarmos, não podemos abrigar o pecado em nosso coração, ocultando-o ou fingindo que não aconteceu. Devemos confessá-lo e abandoná-lo para alcançarmos misericórdia! (Pv 28.13). Os que em oração de arrependimento suplicam a Deus misericórdia, encontrarão em Cristo o seu advogado de defesa (1Jo 2.1,2). Nele “temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu” (Hb 6.19). Visto que o pecado causa ranhuras na imagem de Deus em nós, enfraquece nosso espírito, endurece o coração e priva-nos da comunhão com o Senhor, arrependamo-nos diariamente de pensamentos maus, palavras más, atitudes más e também de nossas omissões. Assumamos com Deus renovadamente o compromisso de amá-lo, obedecê-lo e servi-lo de todo coração (servir parcialmente, sem integridade de coração, foi a desgraça de muitos reis e sacerdotes de Israel!). E “Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4.16). Sim, ao crente que vai com fé ao trono da graça, ele encontra ajuda no momento da necessidade, da tentação, da fraqueza e do assédio do mal! Como digo em meu livro A Mensagem da Cruz, a luta contra o pecado não é uma luta a dois – eu e o pecado -, mas uma luta a três – eu e Jesus contra o pecado – somente assim somos vencedores!

Se vivermos de fé em fé e de glória em glória, poderemos cantar aquele belíssimo hino:

“Já sei, já sei, comprado com sangue eu sou!

Já sei, já sei, com Cristo ao céu sim eu vou”

(Harpa Cristã, hino 235)

E você, meu irmão, tem certeza de sua salvação?

Deus te abençoe, e uma ótima aula!

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REFERÊNCIAS

(1) Guy Duffield e Nathaniel Van Cleave. Fundamentos da Teologia Pentecostal, vol. 1, Editora Quadrangular, p. 353

(2) Jacó Armínio. As Obras de Armínio, vol. 2, CPAD, p. 434

(3) Jacó Armínio. Op. cit., vol.3, p. 458

(4) Jacó Armínio. Op. cit., vol. 3, p. 465

(5) Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, p.114

(6) Myer Pearlman. Conhecendo as doutrinas da Bíblia, 3 ed., Vida, pp. 271,2

(7) José Gonçalves. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus, CPAD, p. 136

(8) Duffield e Cleave. Op. cit., p. 352

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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