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Pesquisa diz que perseguição contra cristãos deve aumentar na China e na Índia

Países asiáticos registram aumento da perseguição durante pandemia.

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Xi Jinping e Narendra Modi
Xi Jinping e Narendra Modi (Foto: Reprodução/YouTube)

Uma pesquisa realizada pela Persecution Trends, da organização Release International, aponta que haver um aumento da perseguição religiosa na China e na Índia no ano de 2021. A organização de vigilância sobre perseguição religiosa sofrida por cristãos no mundo aponta que o aumento da perseguição já é perceptível e que se intensificará.

Ainda assim, a pesquisa diz que a exposição à Bíblia na Coreia do Norte, país comunista que mais persegue cristãos, está aumentando. Ao que tudo indica, os esforços para compartilhar a Palavra de Deus no regime de Kim Jong-Un estão tendo resultados positivos.

Para justificar os resultados da pesquisa, a organização citou as recentes denúncias contra o Partido Comunista da China (PCCh), que tem buscado reprimir a crença, banir símbolos religiosos, instalar câmeras de reconhecimento facial, exibir pôsteres enaltecendo o comunismo e o ditador Xi Jinping.

A Release International aponta que o regime comunista da China “comprou o silêncio da comunidade internacional” durante a crise causada pelo coronavírus, que nasceu em solo chinês. Eles avaliam que houve uma imposição da dependência do comércio.

“O governo do presidente Xi Jinping está intensificando a sua ‘limpeza’, para eliminar qualquer coisa que não corresponda à agenda comunista. Eles parecem acreditar que podem conseguir isso por meio de oposição sistemática”, apontou o grupo.

O ditador Xi Jinping, de acordo com a Release International tem explorado a pandemia da covid-19 para aumentar as restrições aos cristãos que praticam sua fé, o que tem ficado muito evidente com as denúncias que surgem sobre uma intensa perseguição no país.

Uma outra organização associada a Release International, a China Aid, apontou que “o governo chinês está tentando tirar proveito do vírus de todas as formas, aumentando a repressão às igrejas cristãs”. “Isso acelerou campanhas específicas, como a remoção forçada de cruzes dos templos”, disse o pastor Bob Fu, líder da China Aid.

Índia

Na índia, segundo relato da organização, a intolerância religiosa estatal deve aumentar contra cristãos, principalmente por conta do nacionalismo hindu no país. A Release International lembrou o aumento dos ataques contra cristãos desde 2014, quando Narendra Modi, do Partido Bharatiya Janata (nacionalista hindu) subiu ao poder.

Citando estatísticas reveladoras sobre intolerância contra cristãos, a organização apontou que ao menos 225 atos contra o Cristianismo foram registrados nos 10 primeiros meses de 2020, em comparação com 218 em 2019.

De acordo com Thomas Schirmacher, recém-nomeado chefe da Aliança Evangélica Mundial, que representa mais de 600 milhões de cristãos evangélicos em todo o mundo, a supremacia hindu é o combustível para a perseguição no país.

“As eleições são ganhas pelo primeiro-ministro com este tópico: ‘A Índia é para os hindus’, e de repente muçulmanos e cristãos se encontram em um país que claramente quer se livrar deles”, disse ele ao Christian Post. “Eles promovem a ideia de que um indiano por natureza é hindu. Portanto, se ele não é hindu, foi ‘roubado’ de sua pátria e deve ser reconvertido”.

“Esta ideia não era comum há 10 anos e levou a um aumento na discriminação e assassinatos de cristãos indianos e outras minorias”, continuou, acrescentando que os cristãos nos países ocidentais devem “falar abertamente” pelos perseguidos por sua fé.

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