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PF apreende celular de Malafaia e pastor cobra impeachment de Moraes

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O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, reagiu às medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ser alvo de mandado de busca e apreensão na noite de quarta-feira, 20, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal cumpriu ordem que determinava a apreensão de celulares e passaporte do religioso, além de medidas cautelares como a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados.

Após prestar depoimento, Malafaia afirmou ter entregue voluntariamente a senha de seu aparelho celular aos agentes. “Apreender meu passaporte? Eu não sou bandido. Apreender meu telefone? Vai descobrir o quê? Eu dei a senha, não tenho medo de nada”, declarou. O pastor acrescentou que até mesmo seus cadernos de anotações, que continham mensagens bíblicas, foram recolhidos durante a operação.

Críticas ao STF e apelo público

Em declarações à imprensa, Malafaia direcionou críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “criminoso”. “Nós estamos diante de um criminoso chamado Alexandre de Moraes, que eu venho denunciando há quatro anos, em mais de 50 vídeos. Ele estabelece o crime de opinião no Estado democrático de Direito. Onde é que você é proibido de conversar com alguém? Que país é esse? Que democracia é essa? Que nação é essa, minha gente?”, questionou.

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O pastor também citou outros ministros da Corte e dirigentes do Congresso Nacional. “Senhor presidente do Supremo Tribunal Federal: até onde isso vai? Senhor Barroso, senhor Gilmar Mendes, decano do STF: até onde isso vai? Senhor presidente do Senado, Davi Alcolumbre, até onde isso vai? Senhor Hugo Motta, presidente da Câmara, imprensa, até onde isso vai? Até onde vai essa covardia? Eu não tenho medo de ditadores”, declarou.

Malafaia reiterou ainda sua convicção de que Moraes deveria sofrer processo de responsabilização. “Alexandre de Moraes tem que tomar um impeachment, ser julgado e preso”, disse. Em sua fala, conclamou apoiadores a se manifestarem no próximo feriado nacional. “Povo brasileiro, dia 7 de setembro vamos dar uma resposta a isso”, afirmou.

A investigação

As medidas contra Malafaia foram autorizadas no âmbito da Petição nº 14129, ligada à Ação Penal nº 2668, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é réu por suposta tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer favorável às medidas solicitadas pela Polícia Federal.

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De acordo com o procurador-geral Paulo Gonet, “impõe-se concluir que estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal n. 2668, em que o ex-presidente figura como réu”. O documento afirma que Malafaia “aparece como orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro”.

Mobilização anterior

O episódio se soma a recentes manifestações públicas do pastor. No dia 3 de agosto, ele discursou no ato intitulado “Reaja Brasil”, realizado na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento reuniu políticos de direita e levantou bandeiras como “o fim da censura”, a defesa da liberdade de expressão e o avanço do projeto de “anistia já”.

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