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PF teria se negado a investigar ameaças contra mãe de Dallagnol

Denúncia foi apresentada antes do ex-procurador ser cassado pelo TSE.

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Deltan Dallagnol (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal (PF) rejeitou o pedido feito pelo deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) para investigar uma ameaça sofrida por sua mãe. A solicitação foi enviada ao superintendente da PF no Paraná, delegado Rivaldo Venânio, no dia 4 de maio, antes da cassação do mandato do parlamentar pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de maio.

Na denúncia, Dallagnol apresentou uma captura de tela de uma mensagem recebida por sua mãe, na qual o autor da ameaça afirma ter acesso ao CPF e ao endereço residencial dela, além de mencionar que o ex-procurador da Lava Jato está atrapalhando-o. O autor da ameaça também fez referência ao número 13, que é a identificação do PT nas urnas eletrônicas, e questionou se Dallagnol pensa que ele é o ex-presidente Lula.

Diante dessa situação, o ex-procurador solicitou a abertura de um inquérito policial para investigar os crimes cometidos e que fossem tomadas medidas para identificar rapidamente os agressores.

No entanto, poucos dias depois, a Polícia Federal negou o pedido de Dallagnol. A corporação alegou que não identificou a prática de crimes contra bens, serviços ou interesses da União, o que justificaria a atuação da PF.

A PF destacou que o caso sugere a ocorrência de crimes contra a honra da vítima (injúria) e contra sua liberdade individual (ameaça), ambos praticados contra a mãe do ex-deputado Deltan Dallagnol. Esses delitos são de ação penal privada e ação penal pública condicionada à representação do ofendido, respectivamente. Portanto, a PF indicou que as condições para o prosseguimento da ação penal devem ser supridas, visando às investigações em fase pré-processual, que são de competência da Justiça Estadual.

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