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PF usou emails, agendas, anotações e decisões como indícios contra Toffoli
Ministro afirma que desconhece as afirmações e nunca recebeu valor ilegal.
Para a abertura de inquérito contra o ministro Dias Toffoli do STF, a Polícia Federal juntou uma série de documentos para corroborar com o pedido, visando a comprovação do depoimento de Sérgio Cabral sobre a suposta venda de decisões.
Nesta sexta-feira (21), o Supremo Tribunal Federal irá começar a julgar o material encaminhado que contém emails, agendas com encontros de negociação, mensagens por aplicativos e anotações do ex-governador do Rio que foram anexadas.
O julgamento acontecerá no plenário virtual da corte, com o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a validade da delação de Cabral na PF.
Sobre os fatos mencionados, Toffoli afirmou que não os conhece e jamais recebeu nenhum valor ilegal.
Edson Fachin, relator do caso, indeferiu os pedidos de investigação na sexta-feira (14) depois que a PGR se manifestou contra a apuração.
PF investiga ex-policial militar
Na opinião da polícia, os documentos indicam a relação de Cabral e seu grupo com José Luiz Solheiro, o suposto intermediário de Toffoli e sua mulher, a advogada Roberta Rangel.
Segundo Sérgio Cabral, que está preso desde o dia 17 de novembro de 2016, Solheiro, um ex-policial militar, teria entrado na sua equipe de segurança e do ex-governador Luiz Fernando Pesão.
De acordo com a apuração preliminar da PF sobre o ex-PM, empresas sediadas em Jundiaí (SP) foram registradas em seu nome e de um sócio.
Para os investigadores, essas empresas têm capital social de alto valor, o que causa estranheza, além de estarem sediadas em um mesmo endereço e serem dos mesmos donos, segundo a Folha.