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Piper: Bíblia prova que a batalha espiritual é causa de conflitos humanos

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Piper: Bíblia prova que a batalha espiritual é razão de conflitos humanos

O pastor batista e autor John Piper afirmou, em recente episódio de seu podcast, que os conflitos enfrentados pelos cristãos em sua vida cotidiana não se limitam a questões interpessoais, mas fazem parte de uma realidade mais profunda: a guerra espiritual descrita pelo apóstolo Paulo em Efésios 6.12.

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No episódio, publicado em junho, Piper respondeu a um ouvinte que manifestou dificuldade em aplicar, de forma prática, a passagem bíblica que afirma: “Nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Ef 6.12). O ouvinte questionou como manter essa perspectiva quando os conflitos parecem claramente humanos.

“Esta pergunta não é artificial de forma alguma”, disse Piper, de 79 anos, chanceler do Bethlehem College and Seminary, em Minneapolis, Minnesota. “Está bem ali em Efésios 6. Ela exige nossa atenção. É uma boa pergunta. Eu gosto dela — eu gosto desse tipo de pergunta”.

Conflitos visíveis, forças invisíveis

Piper começou explicando que a expressão “carne e sangue” refere-se a seres humanos, em contraste com a dimensão espiritual da batalha. No entanto, ele enfatizou que o próprio apóstolo Paulo enfrentou adversários humanos concretos, como registrado em passagens como 1 Coríntios 16.9 e 2 Coríntios 11.13–15, nas quais o apóstolo menciona opositores e falsos mestres, os quais ele descreve como instrumentos de Satanás.

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“É patentemente óbvio, e todos sabem disso, que Paulo teve adversários humanos de verdade para enfrentar. E nós também”, afirmou Piper. “Paulo é insultado; ele é perseguido; ele é caluniado; ele é espancado; ele é chicoteado; ele é preso; ele é abandonado; ele é traído. E todos esses são humanos fazendo a bagunça, certo?”

Piper observou que Paulo não separa a ação humana da influência espiritual. Em Efésios 4.14, por exemplo, o apóstolo descreve enganos e doutrinas erradas como provenientes tanto da astúcia humana quanto da atuação maligna. Segundo Piper, Paulo via o pecado humano como inevitavelmente entrelaçado com a influência demoníaca.

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Maldade humana

Com base em Efésios 2.1–3, Piper destacou que os seres humanos, fora de Cristo, vivem sob o domínio do “príncipe das potestades do ar”, realizando os desejos da carne e da mente. “Portanto, em certo sentido, não há separação em nossa guerra contra a pecaminosidade humana e os planos demoníacos. Eles se sobrepõem; estão interligados”, afirmou.

Como exemplo, ele mencionou 2 Coríntios 2.10–11, em que Paulo liga a prática do perdão à resistência aos esquemas de Satanás. Piper explicou que, mesmo quando uma pessoa de carne e osso nos fere, é necessário discernimento espiritual para entender a atuação do inimigo por trás da divisão.

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“Essa é oposição e adversidade humanas de carne e osso, e é um desígnio satânico para destruir a igreja”, afirmou Piper, fundador do ministério Desiring God.

A natureza da batalha

Para Piper, Efésios 6.12 não nega a existência de conflitos humanos, mas os insere dentro de uma realidade espiritual mais abrangente. “Quando diz: ‘Não lutamos contra carne e sangue, mas contra [as forças demoníacas]’, acho que Paulo quer dizer o seguinte: não lutamos contra meras carne e sangue”, explicou. “A oposição contra nós neste mundo é sempre maior do que isso”.

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Ele citou também 2 Coríntios 4.4, que afirma que “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos”, e Atos 26.17–18, onde Cristo envia Paulo a abrir os olhos dos gentios “para que se convertam das trevas para a luz e do poder de Satanás para Deus”.

“Estamos sempre lidando com duas questões: a escuridão do pecado e a escravidão de Satanás”, disse Piper. “A boa notícia é que, na morte de Cristo, o preço foi pago pelo perdão desses pecados, e o poder condenatório do diabo foi quebrado”.

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Armadura de Deus

Piper concluiu exortando os ouvintes a vestirem a armadura espiritual descrita em Efésios 6, que inclui a verdade, a justiça, o Evangelho da paz, a fé, a salvação e a Palavra de Deus. Ele destacou que, somente com essa armadura, o cristão pode resistir tanto às pressões humanas quanto às investidas espirituais.

“Revestimo-nos de toda a nossa armadura. É isso que devemos fazer: vestir toda a armadura de Deus e caminhar triunfantemente no Evangelho e no poder do Espírito”, afirmou.

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A percepção contemporânea sobre Satanás

Segundo uma pesquisa Gallup realizada em 2015, 89% dos norte-americanos declararam acreditar em Deus. No entanto, apenas 61% disseram acreditar na existência de Satanás. Já o Estudo do Panorama Religioso de 2014, realizado pelo Pew Research Center, indicou que 72% dos adultos nos Estados Unidos creem no Céu, mas apenas 58% creem no Inferno.

Essa disparidade, segundo Piper, revela a profundidade da cegueira espiritual descrita por Paulo. Em episódio anterior do podcast, publicado em 2024, Piper argumentou que a permanência temporária de Satanás no mundo amplifica a glória de Deus ao derrotá-lo por meio da obra de Cristo.

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“Deus está nos mostrando a dupla prisão em que estamos”, afirmou Piper. “Somos duplamente escuros: a escuridão das nossas próprias algemas em volta dos nossos pulsos e tornozelos, e a escuridão das portas trancadas de Satanás”.

Ele concluiu: “Somos tão corruptos que não conseguimos enxergar que Cristo é uma beleza superior, um valor superior, uma grandeza superior e, portanto, uma satisfação superior a tudo o mais. Em nossa depravação, estamos cegos a tudo isso”.

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“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes” –Efésios 6.13

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