Pastor conta imprevisto em visita à Casa Branca, e como usou o caso para pregar

So, I went to the White House to lead a prayer at their very first worship service—and guess what? My name wasn’t on the list!
Yep. Pastor gets denied at the door.

It reminded me of something far more serious—what Jesus said will tragically happen to some people one day when… pic.twitter.com/8aaLhZLOTM

— Greg Laurie (@greglaurie) April 17, 2025

Washington, 18 de abril de 2025 – O pastor Greg Laurie, líder da Harvest Christian Fellowship, participou de um culto de Páscoa promovido na Casa Branca, onde compartilhou mensagens bíblicas e experiências pessoais de fé. Antes de sua participação, no entanto, Laurie enfrentou um contratempo: seu nome não constava na lista de entrada.

Em vídeo publicado com tom bem-humorado em suas redes sociais, Laurie comentou o episódio: “Fui à Casa Branca para liderar uma oração no primeiro culto deles — e adivinha? Meu nome não estava na lista!”, escreveu no X (antigo Twitter). “É. Pastor é impedido de entrar”.

Segundo ele, o episódio, que classificou como um problema processual, serviu como ilustração de um alerta espiritual. “Isso me lembrou de algo muito mais sério — o que Jesus disse que aconteceria tragicamente com algumas pessoas um dia, quando adentrassem a eternidade. Elas esperariam ser acolhidas no Céu, mas seus nomes não estariam no Livro da Vida”, declarou, em referência a Apocalipse 20:15.

Após a regularização do acesso, Laurie participou do culto, que ocorreu no Edifício Executivo Eisenhower, próximo à residência oficial do presidente. Ali, dirigiu-se a um grupo de funcionários da Casa Branca com uma pregação inspirada no livro de Ester. Citando Ester 4:14, afirmou: “Deus os colocou onde estão para um momento como este”.

O pastor também compartilhou a narrativa da ressurreição conforme Mateus 28, destacando a atualidade da mensagem anunciada pelo anjo: “Queremos levar esta mensagem a sério, para não termos medo agora. Ela foi dada aos crentes do primeiro século, mas precisamos ouvi-la também no século XXI”, declarou.

Franklin Graham: “Riqueza ou poder não têm valor eterno”

Após Laurie, o evangelista Franklin Graham, presidente da Associação Evangelística Billy Graham, também discursou. Em sua mensagem, Graham alertou os presentes quanto ao risco de presunção espiritual ligada à posição social ou política.

“Algumas das pessoas aqui podem estar em perigo de perder suas almas”, afirmou. Ele encorajou a reflexão sobre a parábola do rico e Lázaro, relatada em Lucas 16, mencionando que o sofrimento do homem rico incluía a memória dos avisos recebidos em vida.

Ao parafrasear Marcos 8:36, Graham questionou: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que receberá o homem em troca da sua alma?”

Ele também compartilhou sua própria experiência espiritual. “Apesar de crescer em uma igreja presbiteriana e ser filho do evangelista Billy Graham, reconheci minha condição de pecador aos 20 anos. Todos nós somos culpados; eu sou culpado”, declarou. Graham finalizou com um convite à fé: “Deus os está convidando a encontrar sua esperança somente em Jesus Cristo”.

Encontro com o presidente

Na noite anterior ao culto, na quarta-feira, 16 de abril, Greg Laurie e Franklin Graham participaram de um jantar de Páscoa no Salão Azul da Casa Branca, acompanhados do presidente Donald Trump e outros líderes evangélicos.

Durante o encontro, Trump fez breves declarações sobre a centralidade da cruz na fé cristã. “A obra de Cristo na cruz foi a maneira de Deus dizer ao mundo: ‘Eu te amo’”, afirmou o presidente, segundo relato dos participantes.

Contexto e aproximação

Os eventos fazem parte de uma série de iniciativas que refletem a aproximação da atual administração com setores evangélicos desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025. As atividades incluíram momentos de oração, leitura bíblica e mensagens voltadas à espiritualidade, arrependimento e responsabilidade moral.

As participações de Laurie e Graham seguiram a tradição de líderes evangélicos que, ao longo da história recente dos Estados Unidos, têm colaborado com cerimônias na Casa Branca em datas religiosas significativas, como a Páscoa.