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Proposta que busca ampliar isenção de igrejas gera atritos na Bancada Evangélica

Apreciação do texto pode ser adiada devido às discordâncias internas.

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Ministro de Lula em culto da Frente Parlamentar Evangélica (Foto: Daniel Estevão/AGU)

Vista como uma estratégia do governo do petista Lula para tentar agradar lideranças evangélicas, a PEC 5/2023, que visa ampliar a imunidade tributária para templos religiosos, tem gerado controvérsias entre os membros da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), também conhecida como Bancada Evangélica.

Prevista para ser votada nesta semana pela Câmara, a apreciação do texto pode ser adiada devido às discordâncias internas. A bancada está consultando todas as lideranças nacionais das igrejas para estabelecer uma posição unificada em relação à PEC.

A autoria da proposta é do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), e ela busca ampliar os benefícios tributários para entidades religiosas, embora restrinja os descontos tributários à aquisição de bens e serviços para “campanhas gratuitas” por um período determinado.

Atualmente, a imunidade tributária para igrejas é garantida pela Constituição, com o Supremo Tribunal Federal (STF) interpretando a isenção referente a tributos diretos, como IPTU para propriedades eclesiásticas e IPVA para veículos registrados em nome das instituições religiosas.

A proposta de Crivella pretende estender essa imunidade para tributações indiretas, como impostos embutidos em materiais de construção ou serviços relacionados a obras em templos religiosos. No entanto, a iniciativa enfrenta resistência dentro da Bancada Evangélica.

Na semana passada, membros da bancada e o relator do texto, deputado federal Fernando Máximo, se reuniram com representantes do Ministério da Fazenda para ajustes finais no texto e para fechar um acordo. Esse acordo inclui a criação de um sistema de cashback para entidades religiosas, permitindo que elas recebam de volta os tributos pagos.

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