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Sinédrio judeu quer tocar o shofar no Monte do Templo após quase 2 mil anos

Autoridades do judaísmo pretendem mover ação na Justiça, caso tenham pedido negado.

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Shofar no monte do templo (Reuters/Ammar Awad)

Um grupo de judeus que integram o Sinédrio, composto por autoridades do judaísmo, enviaram uma petição ao primeiro-ministro israelense, Bejamin Netanyahu,para que possam tocar o shofar em Rosh Hashanna no Monte do Templo, após quase 2 mil anos.

O Rosh Hashanna marca o “Ano-Novo Judaico” e é uma data bastante significativa para os judeus. Já que o primeiro dia de Rosh Hashanna cairá em um sábado, somente é possível o toque do shofar no local onde ficava o Templo, segundo a lei judaica.

“Os judeus só podem entrar no Monte do Templo cinco dias por semana: de domingo a quinta-feira. Este ano, o primeiro dia de Rosh Hashanna é no sábado, o Shabat. De acordo com a lei judaica, é proibido tocar o shofar no sábado, exceto no Monte do Templo”, explicou Aviad Vosoli, que lidera a Organização Terra de Israel.

Desde a destruição do Segundo Templo, há 1950 anos, o shofar jamais foi tocado em um sábado no Monte do Templo. O pedido foi feito pela Organização das 70 Nações, liderada pelo rabino Hillel Weiss, e a Organização Terra de Israel.

 A polícia israelense proíbe quaisquer símbolos não islâmicos, símbolos nacionais não palestinos ou rituais não muçulmanos no Monte do Templo, com o objetivo de diminuir a animosidade e a violência entre judeus e muçulmanos.

Ao Breaking Israel News, Visoli salientou que, de acordo com a Lei Básica Israelense da Dignidade e Liberdade Humana, deve haver liberdade e igualdade entre as religiões, o que não acontece em relação ao Monte do Templo e acredita que a liberdade de culto no local sagrado pode contribuir para o plano de paz.

“Pessoas de todas as religiões devem ter permissão para orar no Monte do Templo / Haram al-Sharif, de uma maneira que seja totalmente respeitosa com sua religião, levando em consideração os horários das orações e feriados de cada religião, bem como outros fatores religiosos”, disse.

O pedido formal também foi apresentado ao Ministro da Segurança Interna e ao Chefe da Polícia. Eles pretendem aguardar uma resposta positiva até sexta-feira e caso não recebam resposta ou seu pedido seja negado, o grupo pretende encaminhar uma ação ao Tribunal de Justiça.

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