Terroristas matam 33 cristãos em vila no estado de Kaduna, na Nigéria

No último sábado (15 de abril) à noite, pastores Fulani e outros terroristas armados invadiram a vila cristã de Runji, no estado de Kaduna, na Nigéria, matando 33 cristãos. O ataque foi o terceiro em uma semana na área, segundo o líder cristão Rev. Bauta Motty.

O ataque a Runji deixou muitas casas queimadas e muitas pessoas feridas, enquanto 40 casas foram destruídas. O bispo da Diocese Anglicana de Zonkwa, estado de Kaduna, Rev. Jacob Kwashi, presidiu o enterro em massa das vítimas e questionou o porquê do governo não tomar medidas efetivas contra a violência na região.

“Nos últimos sete anos e meio, nós no sul de Kaduna vimos o trabalho dos malvados que decidiram que continuarão lançando o mal sobre nós em nossa terra até que não saibamos quando eles vão parar”, disse o bispo Kwashi. “Sempre foi óbvio e claro que o governo é capaz e capaz de parar esse mal, seja o governo do estado de Kaduna ou o governo da Nigéria, eles são capazes, eles são capazes de parar esse mal, mas a verdade é isso, eles estão prontos e dispostos a parar esse mal?”.

Francis Sani, funcionário do conselho da área de governo local de Zangon Kataf, confirmou a morte dos 33 cristãos. “Os atacantes em grande número mutilaram e queimaram principalmente mulheres e crianças, incendiaram casas e invadiram várias casas dentro da comunidade, deixando um rescaldo de assassinato horrível de 33 pessoas, com quatro sofrendo vários graus de ferimentos e alguns em estado crítico. foram encaminhados ao Hospital Especializado e propriedades no valor de milhões foram destruídas”, disse Sani.

A Nigéria liderou o mundo em cristãos mortos por sua fé em 2022, com 5.014, de acordo com o relatório World Watch List (WWL) de 2023 da Portas Abertas. Também liderou o mundo em cristãos sequestrados (4.726), agredidos ou assediados sexualmente, casados ​​à força ou abusados ​​física ou mentalmente, e teve o maior número de casas e empresas atacadas por motivos religiosos.

Como no ano anterior, a Nigéria teve o segundo maior número de ataques contra cristãos, perdendo apenas para a Índia.

A situação da violência religiosa na Nigéria tem piorado nos últimos anos e é frequentemente associada a conflitos entre pastores Fulani, majoritariamente muçulmanos, e comunidades cristãs agrícolas.