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Visita de líder das Testemunhas de Jeová motiva protestos de dissidentes

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Visita de líder das Testemunhas de Jeová motiva protestos de ex-membros

No último sábado, 15 de fevereiro de 2025, um grupo de ex-membros das Testemunhas de Jeová realizou uma manifestação em Cesário Lange, interior de São Paulo, onde está localizada a sede nacional da organização religiosa.

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O protesto ocorreu durante a visita de Robert Ciranko, líder norte-americano das Testemunhas de Jeová, que está no Brasil para compromissos institucionais, incluindo discussões sobre a redução do número de fiéis no país desde 2020.

Cerca de 50 dissidentes participaram do ato, levantando questões relacionadas a casos de abuso infantil envolvendo lideranças, ao tratamento dispensado a ex-membros e à prática religiosa que desaconselha o uso de transfusões de sangue. Os manifestantes também questionaram a diretriz que limita o convívio social com aqueles que deixam a denominação, mesmo quando são familiares.

O evento foi organizado por Yann Rodrigues, líder do Movimento de Ajuda às Vítimas das Testemunhas de Jeová (MAV-TJ), criado em 2024. Rodrigues, que relatou ter sido expulso de casa aos 15 anos após deixar a religião, destacou que o afastamento social imposto a ex-membros pode resultar em problemas psicológicos, como ansiedade e pânico.

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Em resposta à manifestação, a organização das Testemunhas de Jeová no Brasil divulgou uma nota afirmando que a chamada regra das “duas testemunhas” não se aplica a casos criminais e que abusos são denunciados às autoridades conforme a legislação vigente.

Sobre o afastamento de ex-membros, a entidade explicou que a orientação bíblica limita o contato, mas que a decisão de seguir essa diretriz cabe a cada indivíduo. Em relação à recusa de transfusões de sangue, destacou que o Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito dos fiéis de optarem por tratamentos de saúde de acordo com suas convicções religiosas.

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A manifestação teve como objetivo chamar a atenção para práticas que, segundo os participantes, têm causado sofrimento e divisão entre famílias, além de questionar a gestão de denúncias de abuso e a autonomia dos fiéis em decisões médicas dentro da organização.

 

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