vida cristã
Uigures contam histórias de horror dos campos de concentração na China
Uyghurs pedem para que o governo dos Estados Unidos tome medidas contra o Partido Comunista Chinês.
Dois uigures que fugiram da China detalharam as experiências de seus familiares em campos de concentração e pediram para que o governo dos Estados Unidos tome medidas mais fortes contra o Partido Comunista Chinês (PCCh) na Cúpula Internacional da Liberdade Religiosa (IRF)
Nesse sentido, na terça e quarta-feira, o evento anual da IRF foi realizado, e ativistas da liberdade religiosa, oficiais e sobreviventes de perseguição religiosa de todo o mundo subiram ao palco para contar suas histórias e delinear as ações necessárias para promover a liberdade religiosa em seus países.
Desse modo, muitas discussões se concentraram na situação dos uigures, que são alvo de tratamento severo por parte do PCCh, que vê o grupo étnico como inferior. Milhares se viram sujeitos a trabalhos forçados e torturados nos campos de concentração para que se comprometessem com a lealdade ao Partido Comunista Chinês.
Assim, dois Uyghurs, que agora vivem nos EUA, participaram da conferência deste ano e compartilharam suas experiências com perseguição. Jewher Ilham, que trabalha no Worker Rights Consortium, uma organização independente de fiscalização dos direitos trabalhistas sem fins lucrativos, contou sobre o caso de seu pai.
Segundo The Christian Post, em 2019, as autoridades chinesas o detiveram antes que ele pudesse embarcar em um vôo para os EUA. Embora Ilham não tenha notícias de seu pai há seis anos e não saiba se ele está vivo ou morto, ela forneceu um relato do que aprendeu no início de seu cativeiro.
“Nos primeiros meses, quando ele foi preso, soubemos que lhe foi negada comida duas vezes, durante 10 dias. E assim ele perdeu mais de 40 libras (18 kg) apenas em poucos meses, e todos os seus cabelos ficaram grisalhos. Quando ele foi preso e detido pela primeira vez, ele foi preso com muitos criminosos”, aponta.
Além disso, ele informou que seu pai tinha uma pequena televisão em seu quarto que tocava propaganda chinesa 24 horas por dia, 7 dias por semana, com volume muito alto e luz forte que não se apaga. Ele também foi espancado dentro da cela da prisão
Da mesma forma, o pai de Kazzat Altay está na prisão por criticar o governo chinês. Altay reside nos Estados Unidos há quase duas décadas após ter fugido do país após “perseguição por parte da inteligência chinesa”. Ele falou sobre como seu pai foi levado para uma campo de concentração, onde quebraram uma de suas pernas.
Por fim, Ilham planeja falar mais sobre por que é importante responsabilizar as corporações e por que é tão importante para os EUA implementar esta lei de forma mais robusta e como ela pode ajudar a eliminar ou pelo menos diminuir a quantidade de trabalho forçado no mercado consumidor.