opinião
Vamos “malhar o Judas!”
Judas, o apóstolo que traiu a Jesus quase nunca é lembrado. Judas é satanizado, diabolizado e completamente desconectado e dissociado do ser humano, como se ele não fosse alguém como nós, feito a imagem e semelhança de Deus. Judas, para muitos, possui o DNA do inferno.
Não se faz hino alusivo a Judas, não se prega sobre Judas, ninguém coloca o nome de Judas no filho. Mas malhar o Judas virou tradição cultural. Uma vez por ano é sagrado para muitos ditos cristãos. Morei no Rio de Janeiro por quinze anos e lá esta tradição é muito forte. Os moradores mal quistos do bairro sempre eram representados nos bonecos, onde placas críticas, roupas e acusações os condenavam.
As vítimas das acusações ficavam furiosas quando na manhã do sábado de Aleluia, ao se dirigirem à padaria ou mercados, se identificavam nos “Judas” pendurados nos postes, aguardando a execução da turba. Quanto aos acusadores… Se sentiam aliviados, afinal, estavam fazendo “Justiça”…
A teologia da prosperidade até hoje não editou nenhum livro sobre Judas, talvez por estarem no mesmo rumo do apóstolo, ou seja, o que vale é usufruir ao máximo de tudo aquilo que o Evangelho possa proporcionar: Mansões em Boca Raton na Flórida-USA, aviões, carros, Iates e Latifúndios a despeito de terem que, de vez em quando, vender, malhar, expulsar a todos aqueles que não se enquadrem em sua infernal doutrina que é Roubar, expoliar, “Meter a mão no gazofilácio” e enganar, tudo em nome de Deus.
O apóstolo Judas já advertia a respeito destes : “…pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas; ondas furiosas do mar, espumando as suas próprias torpezas, estrelas errantes, para as quais tem sido reservado para sempre o negrume das trevas.” Jd 12b,13.
Foi no jardim do Éden que a malhação de Judas foi inaugurada. Ali o ser humano aprendeu a transferir sua culpa. Adão atribui o seu pecado à Eva, que transferiu para a serpente, que por sua vez regozija-se por ter sido a mestra que ensinou as regras deste jogo de transferências de culpa até os dias de hoje à raça humana!
Em “Judas” (ou no adversário deste jogo de ping pong) o ser humano projeta suas mazelas, pecados, decepções, frustrações, carências, expectativas e o espanca, pois para o “malhador”, ao dar pauladas no boneco, transfere todo o mal do seu interior, que precisou ser extirpado, mas que ele mesmo não teve coragem de assumir.
Outra malhação de Judas teve lugar no episódio em que os escribas e fariseus levam a Jesus uma mulher surpreendida em adultério na tentativa de o encurralar. Em outras palavras eles dizem: “Chegou a hora de pegar esse Nazareno em contradição; vamos purificar nossa religião, vamos eliminar de nosso convívio esta pecadora adúltera”.
Essa é a tônica da “Religião” o importante é que apareça de quando em vez um adúltero, uma prostituta, um não dizimista, um homicida, um revolucionário, um infiel que não se curvou às falcatruas e roubalheiras do “Sistema”, para que a igreja mostre os seus “valores”, sua autojustiça, sua lei, desmascarando o “pecador”, queimando-o e enchendo-o de pauladas; usando-o como objeto e passando por cima da lei do amor. Miseráveis juízes do inferno!
Talvez seja por isso que os pecadores não se sintam mais tão atraídos por nossas igrejas, como se sentiam atraídos pelo Senhor Jesus. Está faltando amor e sobrando juízos; sendo assim, prossigamos malhando nossos Judas.
Que possamos, em todas as semanas santas de nossas vidas, sondar nossas entranhas a fim de encontrar o “Judas que em nós habita” e está enraizado, como também as intenções de apedrejar e atear fogo. Que antes de malhar e lançar pedras em meu semelhante “pecador”eu possa ouvir ecoar do coração de Cristo Jesus : “quem não tiver pecado atire a primeira pedra”; e em seguida me baixar à altura da mulher adúltera e receber juntamente com ela a doce e reconfortante declaração: “não a condeno, vai e não peques mais!”.
Quem está em pé cuide que não caia. Se cairmos temos um Advogado, Jesus Cristo, O Justo.

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