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estudos bíblicos

A mordomia das finanças

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 10 do trimestre sobre “Tempo, Bens e Talentos”.

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Dinheiro e mudas de árvores. (Foto: Nattanan Kanchanaprat / Pixabay)

II. Como o cristão deve ganhar dinheiro

1. Trabalhando honestamente

Especialmente no último tópico da Lição passada, já vimos como o trabalho honesto e diuturno deve ser a legítima fonte de recursos para a nossa sobrevivência. O apóstolo Paulo foi muito contundente chamando os crentes tessalonicenses para o trabalho, a fim de se manterem sem ter que sugar as economias alheias (1Ts 4.11,12; 2Ts 3.6-15).

A sabedoria dos Provérbios bíblicos também nos conclama ao trabalho diligente como meio de sustento: o “homem virtuoso” trabalha a sua terra e tem fartura de alimento (Pv 12.11); a “mulher virtuosa” trabalha com as mãos (Pv 31.13). Se Paulo disse que o preguiçoso deveria não se alimentar, Salomão ensinou, em tom bem humorado, que o trabalhador trabalha “porque a sua boca o incita” (Pv 16.26), isto é, ele precisa se alimentar e para isso vai trabalhar! De fato, trabalho e comida estão intimamente relacionados na Bíblia sagrada.

O texto de Provérbio 12.11 alerta contra os “sonhos” e as “fantasias” de enriquecimento fácil, e chama-nos ao trabalho diligente para garantirmos as provisões diárias de nossa casa. Veja esta bela paráfrase da Bíblia Viva: “Quem trabalha com afinco e se cansa plantando e colhendo terá muito alimento para sua família; quem fica apenas sonhando com um serviço melhor é um tolo”. Você conhece algum tolo sonhador?

2. Fugindo das práticas ilícitas

Relembrando um antigo e famoso programa da Tv brasileira, eu diria que o lema da vida de muitos crentes bem poderia ser este: “topa tudo por dinheiro”. Uns vendem a alma à agiotagem, outros se vendem à corrupção política; uns gastam seu dinheiro naquilo que não é pão (Is 55.2), apostando em jogos de azar, outros há até que se envolvem em atos ilícitos, jurando a si mesmos que farão isso “somente uma vez na vida”, e logo se veem acorrentados por satanás na criminalidade. A princípio são caminhos que parecem bons, mas no final se revelam mortais! (Pv 14.12; 16.25).

Há dinheiro e riquezas que não valem a pena. E, literalmente, que pena terrível cumprirão aqueles que ao invés de se dedicarem ao trabalho honesto buscarem o atalho dos ganhos ilícitos! Muitos estão cumprindo pena da cadeia agora, além de terem seus nomes jogados no ventilador da mídia e das redes sociais, quando satanás outrora astutamente lhes havia prometidos “sigilo total”. Pois é, o crime não compensa!

Bem disse Salomão e é bom que atentemos para isto: “O sono do trabalhador é doce, quer coma pouco, quer coma muito…” (Ec 5.12). Trabalhar, pagar suas contas, voltar para sua família, ter um sono tranquilo à noite… Isto sim é que é ser um homem abençoado! Livre de ganância!

3. Fugindo da avareza

Novamente vemos um diálogo entre os escritos de Salomão e de Paulo: o sábio poeta dizia que “o que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro… isso é vaidade” (Ec 5.10), enquanto que o apóstolo do Senhor dizia que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6.10).

A avareza precipitou Judas Iscariotes no inferno, levando-o a vender seu Mestre por míseras moedas! (Mt 26.15) A avareza impediu que um jovem rico cruzasse o limiar da salvação, quando ele estava tão perto de Jesus. “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”, disse Jesus lamentando aquele triste episódio do jovem rico que lhe virou as costas, recusando renunciar ao deus Mamom (Mt 19.24).

Deus nos guarde da veneração ao dinheiro, da ambição desenfreada por bens terrenos! A ambição pelo poder, a sexualidade desregrada e a ganância pelo dinheiro constituem a mais terrível tríade que este mundo pode conhecer, e pela qual verdadeiros gigantes da fé que não vigiaram nem mantiveram prudência vieram a cair em escândalos terríveis! Que possamos dizer como o salmista Davi: “SENHOR, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim” (Sl 131.1, NVI).

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