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Abuso infantil é o maior obstáculo para a fé cristã, revela pesquisa
Casos de pedofilia associados ao cristianismo são apontados como grande empecilho por não cristãos
Uma pesquisa sobre casos de abuso na igreja é o principal obstáculo para que as pessoas acreditem no cristianismo, segundo mostra uma pesquisa online feita por um grupo de mídia cristã que entrevistou mais de 1000 pessoas.
O relatório divulgado na Austrália mostra que mais de três quartos dos entrevistados (76%) os não cristãos acredita que o abuso de menores por sacerdotes são uma influência “definitiva” ou “significativa” na maneira negativa como veem a igreja.
A lista dos 10 maiores “empecilhos para a crença” em relação ao cristianismo, independentemente da denominação, foram:
O abuso
A hipocrisia
O hábito de “julgar os outros”
As guerras religiosas
O sofrimento do mundo
O constante apelo por dinheiro
A ameaça de um inferno
A condenação da homossexualidade
O sentimento de exclusividade dos membros das igrejas
O relatório também mostra que as doutrinas sobre a prática da homossexualidade foram apontadas por 69% dos entrevistados, enquanto os discursos sobre o inferno e a condenação eterna por 66%.
O papel secundário das mulheres é mencionado por 60%, numero similar aos que discordam das posições cristãs sobre ciência e evolução (57%).
O estudo mostrou várias outras questões relevantes, como:
51% dos entrevistados “não estão abertos” a mudar sua visão sobre a religião;
Pais e as famílias foram, de longe, a maior influência sobre as percepções sobre os cristãos e o cristianismo (67%).
Outros fatores que influenciam sua opinião sobre a igreja são os veículos de comunicação e (25%) e redes de relacionamentos (24%);
42% dos entrevistados disseram que Jesus era um homem comum que não tinha poderes divinos e 17% disse que nunca existiu;
80% acredita que Jesus morreu numa cruz, mas apenas 52% aceita que ele ressuscitou dos mortos,
Mais da metade dos entrevistados foi capaz de identificar os ensinamentos fundamentais de Jesus: “Eu vim para que tenham vida…” (62%); “Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você” (62%) e “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros… “(51%).
A pesquisa foi encomendada pelo grupo Olive Tree [Oliveira], liderado pelo pastor batista Sydney Karl Faase, e executado pelo Centro de Pesquisas McCrindle em outubro deste ano.
Foram selecionados 1.094 pessoas de três grupos separados por sexo, renda e educação formal, a grande maioria se identificou como “não cristão”. Um dos objetivos desse estudo é apontar os assuntos que devem ser tratados pela nova série “Apologética” produzida pelo grupo de mídia Olive Tree no ano que vem,
O arcebispo anglicano de Sydney, Peter Jensen, fez o lançamento da publicação dos resultados no início de novembro e comentou: “O cristianismo, como vocês sabem, é uma religião de comunicação”.
“Nós cremos na Palavra e na propagação dessa Palavra… Traduzir o texto para a língua do povo é parte essencial do Evangelho cristão. Mas a primeira coisa que notei como comunicador é como desconhecemos nossa audiência. Minha suspeita sobre o que as pessoas pensam é muito diferente do que essa pesquisa indicou”, concluiu.
Jensen disse ainda que os discursos de celebridade defendendo o cristianismo não empolgam grande parte das pessoas. “Eu acho que é um fator cultural. Acho que dá certo apenas entre os norte-americanos. Posso entender isso.”
Um dos destaques do arcebispo foi que a transmissão da fé dentro das famílias é um fator determinante. O testemunho dos amigos também foram significativos, destacou. “Minha visão é que a fé cristã sofreu um colapso intelectual monumental nos últimos 40 anos”. Mas ressaltou:
“Amigos, a situação agora não é tão ruim quanto era no primeiro século… Estamos muito melhor agora. Cerca de 30% das pessoas do mundo dizem que são cristãos. Não estou desanimado com estes números, prefiro vê-los como um desafio. Acredito que temos possibilidades imensas de levantar recursos para espalhar a mensagem do Evangelho. Creio no poder transformador do Evangelho e que Deus é o grande evangelista… Eles irão nos ajudar a pensar como podemos melhor traduzir a fé de uma forma que será ouvida por pessoas reais, com dúvidas reais”.
O relatório mostra que mesmo sem se identificar com um grupo religioso ou crença espiritual, muitos se consideravam “espirituais, mas sem religião”.
Traduzido e Adaptado por de Melbourne Anglican
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