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estudos bíblicos

Arrependimento e fé para salvação

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 9 do trimestre sobre “A obra da salvação”

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Mãos em oração. (Foto: Jenny Friedrichs / Pixabay)

II. FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO

A fé salvífica é mais que um assentimento do intelecto humano ou consentimento da vontade. Embora tanto o intelecto quanto a vontade estejam envolvidos no ato de crer em Cristo, a fé salvífica expressa uma íntima relação entre o pecador e o Salvador, entre o crente e Cristo. Neste sentido, existe a fé da mente e a fé do coração.

  • A fé da mente

A fé da mente é aquela fé comum, natural, a disposição para acreditar em alguma coisa, sem necessariamente envolver-se profundamente com ela. É quando apenas o intelecto aceita a informação, mas não permite que ela desça ao coração e opere alguma mudança. É saber de algo como verdadeiro, mas não reagir positivamente em relação a este saber. Neste sentido, diz Tiago, “Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem — e tremem!” (Tg 2.19).

  • A fé do coração

“Se com tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres…”, diz Paulo, “serás salvo” (Rm 10.9). Fica aqui expresso nos termos paulinos qual a verdadeira fé que agrada a Deus, a fé em que há envolvimento com Cristo no coração. É quando se aceita na mente, porque ouviu o Evangelho, em seguida consente em sua vontade que o Evangelho é verdadeiro, e em seguida se volta para Cristo de todo coração, confiando nele para justificação e vida eterna! Como diz Pearlman, “fé é o elo entre a alma e Cristo”. A confissão oral por Cristo só tem valor quando está enraizada pela fé no coração!

  • “A fé não é de todos” – o que isto significa?

Quando o apóstolo Paulo pede aos tessalonicenses que orem em seu favor para que, como eles foram alcançados pela palavra do Senhor, outros também possam ser alcançados, e que a palavra possa ter livre curso nos corações, ele acrescenta um pedido: “E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus” (2Ts 3.1-2). Aqui, Paulo não está falando de homens “maus” no sentido teológico, pois todos são maus aos olhos de Deus; mas fala de homens maus no sentido moral, assim como quando menciona os “dissolutos” (perversos). Paulo deve estar se referindo àqueles que são ferrenhos inimigos do Evangelho – os judeus incrédulos, possivelmente, visto que eram terríveis opositores dos cristãos – e que agiam com maldade, perversidade, violência. É neste contexto que Paulo diz: “a fé não é de todos”, não querendo com isso dizer que há um grupo seleto no mundo aos quais Deus dará fé inexoravelmente, enquanto a negará a outros (esta seria uma interpretação estranha ao texto); mas que simplesmente, tais homens maus não têm a fé e em suas maldades podem intentar embargos ao progresso do Evangelho. Por isso, ele roga as orações dos irmãos tessalonicenses. Nada é mais verdadeiro do que esta declaração, conforme a experiência bem nos ensina: a fé não é de todos, ou nem todos os homens têm a fé.

  • Benefícios da fé

Exercendo a fé o pecador será justificado (Rm 5.1) e experimentará o novo nascimento, que é espiritual e procede de Deus (Jo 3.5), e será recebido como filho de Deus na Sua família (Jo 1.11,12), passando assim a desfrutar de todas as bênçãos que em Cristo estão reservados para os salvos, a saber, “todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1.3). Feito filho de Deus, a fé continua nele a operar, e aquela que era uma simples semente, como grão de mostarda, passa a crescer cada vez mais (Mc 4.30-32; Lc 17.6), a depender da diligência do crente na oração, no estudo da Bíblia, na comunhão com a Igreja e nas experiências do dia a dia que Deus o leva a viver. Como diz aquele hino antigo, “Cada vez que a minha fé é provada, tu me dás a chance de crescer um pouco mais”. Todos os dias nossa fé é experimentada e aperfeiçoada! Outro benefício da fé é que agora o crente terá também condições de resistir ao diabo de quem foi escravo outrora (1Pe 5.8,9), e também de ser vitorioso na luta contra as opressões mundanas às quais não tinha antes poder para vencer: “Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus” (1 Jo 5.5). A fé que outrora foi um laço com que nos ligamos à Cristo, torna-se agora um escudo com o qual podemos apagar “todos os dardos inflamados do maligno” (Ef 6.16). Desse modo, somente o cristão pode cantar com o coração cheio de fé:

“Rompendo em fé, minha vida se revestirá do teu poder

Rompendo em fé, com ousadia vou mover o sobrenatural

Vou lutar e vencer, vou plantar e colher,

A cada dia vou viver rompendo em fé”

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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