Siga-nos!

música

Cantor gospel baleado por PM em rodoviária deixa hospital

Avatar

em

Cantor gospel baleado por PM em rodoviária deixa hospital
ADVERTISEMENT

Na manhã desta quinta-feira, 31 de julho, o cantor gospel João Igor deixou o hospital em uma cadeira de rodas, após ter sido baleado por um policial militar na noite de ontem, no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. O artista, conhecido por entoar louvores em espaços públicos, agradeceu a Deus, à equipe médica e aos seguidores pelas orações.

Quero agradecer ao hospital, que deu atenção para mim. Já agradeci a Deus e é isso. Amanhã eu vou estar me pronunciando e falando o que aconteceu. Agora, vou descansar com a minha família. Muito obrigado pelas orações e por vocês que vieram aqui brigar essa luta comigo. Para quem me conhece sabe que nós somos ‘pureza’. A inveja existe, mas Deus é mais”, declarou João, ao deixar a unidade de saúde.

Ele foi acompanhado pela influenciadora digital Fernanda Ganzarolli, que viralizou ao cantar com o artista a música Faz um Milagre em Mim em vídeo compartilhado nas redes sociais em março. Segundo ela, João deverá retornar ao hospital em breve para uma segunda cirurgia.

Está tudo bem. Agradeço o carinho de todos e as orações que pedi a todos vocês”, disse Fernanda.

Entenda o caso

De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar à CNN Brasil, o episódio teve início dentro de um ônibus com destino à cidade de Bauru. Um policial militar, que estava de folga e embarcado como passageiro, relatou ter sentido cheiro de maconha vindo da bagagem de dois jovens — João e seu irmão. Durante a tentativa de abordagem, segundo a versão da PM, os rapazes teriam reagido com luta corporal, momento em que o agente efetuou disparos de arma de fogo.

A PM foi acionada após o policial, que havia embarcado no ônibus com destino a Bauru, perceber cheiro de maconha vindo da bagagem de dois passageiros. Durante a abordagem, os suspeitos entraram em luta corporal com o agente, e os três caíram da escada do veículo. Nesse momento, houve disparo da arma do policial, que atingiu um dos homens. Ele foi socorrido ao Pronto-Socorro da Santa Casa. O policial sofreu ferimentos na mão e recebeu atendimento na UPA da Lapa. O outro passageiro não se feriu e foi encontrada na sua bolsa substância com características semelhantes à maconha. Foram solicitados exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML)”, diz a nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

João Igor sofreu ferimentos na perna e no braço e passou por atendimento médico de emergência. A versão oficial aponta para uma tentativa dos irmãos de tomar a arma do policial, o que teria motivado o disparo. A polícia técnica foi acionada e os exames seguem sob análise.

ADVERTISEMENT

Versão da defesa

A defesa do cantor contestou veementemente a versão apresentada pela polícia. A advogada responsável pelo caso afirmou que João e seu irmão não portavam entorpecentes e foram vítimas de uma abordagem considerada violenta e desproporcional, enquanto aguardavam o embarque.

Estamos diante de um caso extremamente grave, que nos causa profunda preocupação. (…) Não podemos normalizar episódios de violência em abordagens policiais, especialmente quando envolvem cidadãos desarmados em espaços públicos com enorme circulação de pedestres. A sociedade espera e merece uma atuação policial que respeite a dignidade humana e os limites da legalidade”, declarou a advogada, que optou por não ser identificada na ocasião.

Ela também afirmou que estão sendo tomadas todas as providências jurídicas cabíveis, incluindo a busca pela responsabilização dos agentes envolvidos e o acompanhamento da apuração pericial.

Estamos tomando todas as providências jurídicas cabíveis para garantir a integridade física, os direitos constitucionais dos envolvidos e a apuração rigorosa dos fatos”, pontuou a defesa.

Segundo informações divulgadas pela equipe do cantor, João Igor viajava para cumprir compromissos musicais na cidade de Bauru, onde teria agenda de apresentações com repertório de louvor. A defesa insiste na inocência do artista e alega que sua presença no terminal se deu exclusivamente por compromissos profissionais. O caso segue em investigação.

ADVERTISEMENT

Trending