Capelão censurado por pregar Rm 1 apela ao governo Trump

O capelão Rusty Trubey, veterano do Coatesville VA Medical Center, está solicitando que o recém-nomeado Secretário de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, Doug Collins, reverta uma política de censura de sermões adotada pelo Departamento de Assuntos de Veteranos (VA).

A solicitação ocorre após o capelão ter sido alvo de críticas por pregar sobre o primeiro capítulo de Romanos, especificamente abordando comportamentos descritos na Bíblia, como o comportamento homossexual, no contexto da exclusão de Deus das culturas.

Em junho, Trubey pregou a segunda parte de uma série de sermões intitulada “Quando uma cultura exclui Deus”, onde leu Romanos 1:23–32. Segundo uma carta do First Liberty Institute, organização jurídica que representa Trubey, o capelão explicou que, em Romanos 1, a Bíblia descreve comportamentos adotados por culturas que excluem Deus de suas vidas, incluindo a prática da homossexualidade.

Após a leitura, alguns presentes deixaram o local, mas Trubey continuou sua mensagem, ressaltando que “Deus fornece graça, perdão e integridade a todos que confiam em Deus, independentemente do comportamento passado”.

Após o sermão, Trubey foi abordado por um policial do VA que lhe informou sobre as reclamações recebidas. Em resposta, ele notificou seu supervisor, que considerou o conteúdo do sermão “muito carregado e divisivo”.

O supervisor solicitou que o capelão escrevesse notas detalhadas sobre o sermão, incluindo quaisquer improvisações que pudessem ter sido consideradas ofensivas. Trubey atendeu à solicitação, mas, em seguida, foi designado para tarefas logísticas, como estocar prateleiras e contar inventário, enquanto aguardava uma investigação sobre o sermão. Durante esse período, ele foi isolado de seus colegas capelães e dos veteranos que servia, enfrentando ostracismo e rumores no local de trabalho.

O supervisor também introduziu mudanças no Procedimento Operacional Padrão e no Plano de Desempenho do Serviço de Capelães, que sujeitariam os capelães à disciplina caso pregassem sobre questões “divisivas, culturais ou políticas”. O First Liberty Institute alega que essas mudanças dariam ao supervisor a capacidade de censurar sermões com os quais discordasse, criando um ambiente onde capelães cristãos seriam punidos por pregar pontos de vista que considerassem ofensivos.

Em novembro, Trubey recebeu uma Carta de Repreensão por “Conduta Indecorosa”, resultante da investigação sobre seu sermão. No entanto, após o First Liberty intervir, a carta foi rescindida, embora o supervisor tenha reafirmado sua intenção de continuar a discriminação contra o capelão.

A organização jurídica argumenta que a censura de sermões viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege a liberdade de expressão, e a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa (RFRA), que garante a liberdade religiosa.

O First Liberty Institute e o Independence Law Center estão pedindo que o Secretário de Assuntos de Veteranos, Doug Collins, reverta as mudanças na política e proteja os direitos constitucionais do capelão Trubey.

De acordo com os advogados, a Primeira Emenda garante que o governo não pode proibir a expressão de ideias simplesmente porque a sociedade as considera ofensivas ou desagradáveis. Eles também destacam que a Bíblia e outros textos religiosos frequentemente abordam temas que podem ser considerados divisivos ou culturais, dificultando a pregação de sermões sem mencionar esses assuntos, segundo informações da CBN News.