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Conclave pode eleger papa bem diferente de Francisco; Veja os favoritos

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Conclave pode eleger papa bem diferente de Francisco; Veja os favoritos

O Colégio Cardinalício da Igreja Católica se reunirá na próxima quarta-feira, 7 de maio, na Capela Sistina, no Vaticano, para iniciar o conclave que definirá o novo líder católico. A escolha acontece após a morte do papa Francisco, aos 88 anos, na semana passada. O pontífice foi sepultado no fim de semana, encerrando a liderança iniciada em 2013.

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Conforme estabelecido pelas normas do conclave, será necessário o apoio de dois terços dos cardeais presentes para a eleição do novo papa. A decisão poderá ter impacto direto em temas debatidos dentro e fora do catolicismo, como a ordenação de mulheres como diáconos, a comunhão para católicos divorciados e recasados, a abordagem sobre o uso de contraceptivos, e a continuidade ou revisão das restrições à Missa Tradicional em Latim.

A seguir, um panorama dos principais nomes citados como possíveis sucessores de Francisco:

Luis Antonio Tagle

O cardeal filipino Luis Antonio Tagle, ex-prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, é considerado próximo do papa Francisco. Seu nome foi cogitado também no conclave de 2013. O teólogo Michael Schmalz o descreve como “relativamente progressista”.

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Tagle integrou uma comissão que examinou o papel histórico das diaconisas, mas não se pronunciou publicamente sobre o tema. Em relação às bênçãos para casais do mesmo sexo, afirmou que palavras duras contra católicos LGBT não são apropriadas, embora não tenha declarado apoio direto às bênçãos.

Sobre o celibato sacerdotal, declarou: “Alguns o consideram o culpado por todos os tipos de má conduta sexual. Outros a defendem, mas de forma legalista e ineficaz”, defendendo uma abordagem pastoral. Tagle também indicou que o apego à Missa em Latim pode estar ligado a uma visão idealizada do passado e sugeriu maior abertura pastoral sobre a contracepção e a comunhão a divorciados recasados, destacando que “cada situação é bastante única”.

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Matteo Zuppi

Arcebispo de Bolonha e cardeal desde 2019, Matteo Zuppi é identificado com a ala progressista da Igreja. Ele se manifestou contra a ordenação de mulheres como diáconos, mas apoiou a concessão de bênçãos a casais do mesmo sexo, elogiando o documento vaticano de 2023 que tratou do assunto.

Em sua arquidiocese, essas bênçãos já ocorriam antes da publicação oficial do texto. Em relação ao celibato, Zuppi afirmou que se trata de uma disciplina passível de revisão, citando os padres casados das igrejas orientais. Embora tenha celebrado a Missa Tradicional, apoiou as restrições de Francisco, pedindo aplicação “com responsabilidade”. Também defendeu uma abordagem chamada de “fidelidade criativa” para o ensino sobre contracepção.

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Robert Sarah

O cardeal guineano Robert Sarah, 79 anos, representa a ala conservadora e foi prefeito da Congregação para o Culto Divino entre 2014 e 2021. Nomeado por Bento XVI em 2010, Sarah é apontado como preferido entre católicos tradicionalistas na Europa e nos Estados Unidos.

Em declarações anteriores, criticou o apoio ao aborto legal por parte de figuras públicas, como o então presidente dos EUA, Joe Biden. Em 2015, disse que o islamismo radical e o liberalismo ocidental são “duas feras do Apocalipse”, em referência ao capítulo 13 do livro de Apocalipse. Condenou a autorização papal para bênçãos a casais do mesmo sexo, chamando-a de “heresia”. É defensor intransigente do celibato clerical e da Missa Tradicional em Latim, sendo crítico das restrições impostas por Francisco.

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Pietro Parolin

Atual Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin é apontado como uma figura de equilíbrio. Foi nomeado cardeal por Francisco em 2014 e tem longa experiência diplomática. Em diversos discursos, adotou posições mais tradicionais, afirmando que a ordenação de mulheres é “inegociável” e chamando a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Irlanda, em 2015, de “derrota para a humanidade”.

Na ONU, defendeu uma concepção de sexualidade baseada na identidade biológica. Por outro lado, reconheceu que o celibato “não é dogma” e que pode ser discutido. Também expressou apoio à comunhão para divorciados e recasados e teria colaborado na redação do Traditionis Custodes, documento que restringe o uso da liturgia tradicional.

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Desafios e direção futura

O novo papa terá como missão conduzir a Igreja diante das tensões internas entre visões progressistas e tradicionalistas, além de responder a desafios sociais e culturais. A eleição poderá sinalizar a continuidade das mudanças iniciadas por Francisco ou uma reviravolta, segundo análise publicada pelo The Christian Post.

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