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Confira o trabalho da Igreja Universal do Reino de Deus nos presídios

Marcos César Datri ficou preso por 9 anos e se libertou dos vícios dentro da prisão

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De acordo com pesquisa de 2006 realizada pela Fundação Getúlio Vargas, 97,7% dos presos que cumprem pena nas unidades prisionais do Estado de São Paulo são homens e 54,5 % deles são jovens entre 20 e 29 anos. Por causa dos crimes que cometeram muitos são considerados por parte da sociedade como um caso perdido, homens sem perspectiva de mudança de comportamento.

Há 15 anos, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) realiza um trabalho evangelístico semanal dentro dos presídios, cadeias públicas e delegacias no Estado de São Paulo visando a ressocialização dos encarcerados. Os voluntários realizam orações e ensinam a todos a cerca da bíblia. Eles também distribuem kits de higiene pessoal, livros, revistas e Bíblias doadas por membros da IURD.

Marcos César Datri, de 37 anos, trabalha a semana inteira coordenando a organização de seu comércio voltado para Construção Civil, mas quando tem uma folga prefere ir aos presídios fazer visitas a ficar em casa descansando. Ele conta que, aos 8 anos de idade, se tornou viciado em maconha, cocaína, crack e álcool. Foi preso aos 18 anos por homicídio e assalto, tendo cumprido pena durante nove anos em diversos presídios do Estado de São Paulo, incluindo a extinta Carandiru, onde ficou por quase quatro anos. “Minha mãe morreu de aids, meu pai do coração e um irmão de Leucemia. Eu não tinha razão para viver, minha vida era completamente destruída”, relembra.

Foi nessa situação que ele recebeu em sua cela a visita de um voluntário da IURD, que fez o convite para que participasse de uma reunião de fé na capelania da penitenciária. Lá dentro foi liberto das drogas, curado de dores na coluna e teve seus pensamentos mudados. Para ele o importante é saber que o seu esforço oferece ao preso uma nova chance de recomeçar a vida longe do crime. “Eu faço questão de participar desse trabalho, porque eu sei o que Deus fez na minha vida e quero mostrar para eles que existe esperança, a vida deles pode mudar assim como a minha mudou”, comenta.

Trabalho voluntário

O responsável por este trabalho em São Paulo, pastor Wellington de Souza Moura, diz que apesar do grupo contar com 600 voluntários, esse número de pessoas ainda é pequeno diante da quantidade de presos que precisam ser visitados. “Eles passam a acreditar na mudança de vida, em uma segunda chance, tornando-se mais calmos, tolerantes e conciliadores com os companheiros de cela, contribuindo assim, com as instituições. Percebemos a felicidade no olhar de cada um quando chegamos, porque eles sabem que estamos ali não para julgá-los ou criticá-los, mas sim para levar uma palavra amiga”.

Além das visitas, a IURD mantém diariamente, das 20 às 20h30, o programa “Momento do Presidiário” que é transmitido para todo o Estado de São Paulo pela rede de rádios Aleluia. Durante a programação, familiares ligam e deixam seus recados aos presos, que aproveitam para enviarem cartas que são lidas no ar. Os ouvintes também contam com uma equipe de advogados, que auxiliam nas respostas jurídicas.

Os voluntários que quiserem participar desse trabalho devem procurar o pastor Wellington de Souza Moura, aos domingos na IURD matriz do Brás localizada na Avenida Celso Garcia, 499, zona Leste da capital paulista.

Fonte: Arca Universal

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