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Vídeo mostra ato profético antes do esvaziamento da Cracolândia

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No dia 15 de março de 2025, o ministério evangélico Pastores de Rua promoveu uma ação de oração na Rua dos Protestantes, no Centro de São Paulo. Cerca de 300 voluntários participaram do ato, com o propósito declarado de interceder espiritualmente para “quebrar o poder do principado” que, segundo os organizadores, havia transformado a via — cujo nome faz referência à Reforma Protestante — em um dos principais pontos de concentração de pessoas em situação de dependência química, na região conhecida como Cracolândia.

Pouco menos de dois meses depois, em 13 de maio, a rua amanheceu praticamente deserta. Voluntários e frequentadores relataram a ausência de usuários de drogas e moradores de rua no local. O desaparecimento repentino gerou especulações e interpretações distintas entre líderes religiosos, autoridades públicas e moradores da cidade.

Para o pastor Ney Viana, que atua há mais de três anos em ações de evangelismo na Cracolândia, a mudança foi uma consequência direta do movimento de oração realizado pelo grupo. “Entramos ali num ato profético muito forte, apontamos para o céu e começamos a profetizar a queda daquele principado, a queda daquele trono. Também foi decretado que, a partir daquele dia, a Cracolândia ia começar a acabar”, declarou o pastor.

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O Pastores de Rua é um ministério voltado ao evangelismo em áreas de alta vulnerabilidade, com foco no atendimento espiritual de dependentes químicos. De acordo com o grupo, mais de 8 mil pessoas teriam deixado as ruas por meio de orações e acompanhamento pastoral, sem depender de programas assistenciais.

Apesar da avaliação positiva sobre os sinais de transformação, Viana ponderou que o cenário ainda exige atenção e continuidade no trabalho. “Entendemos que é um problema crônico. Porém, cracolândias não devem existir”, afirmou. Para ele, locais que se tornam centros fixos de uso coletivo de drogas representam uma “maldição” que deve ser enfrentada pela Igreja. “É de um lugar daquele que a destruição avança no Estado, avança no país”, completou.

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Segundo o pastor, a equipe continuará presente na região, independentemente da redução visível de usuários. “Vamos continuar fazendo o mesmo resgate. A Igreja deve se posicionar como verdadeira guerreira do Senhor”, declarou.

Causas do esvaziamento

Questionado sobre o destino das pessoas que antes frequentavam a região, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), evitou detalhes. Durante uma coletiva de imprensa realizada em 14 de maio, Nunes afirmou: “Não dá para dizer que a gente resolveu todo o problema, obviamente que não resolveu todo o problema. Mas a gente avançou muito e precisa comemorar.”

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Sobre as críticas a um possível deslocamento forçado dos usuários para outros bairros da cidade, o prefeito negou qualquer ação institucional nesse sentido. Segundo ele, há outras regiões com histórico de concentração de dependentes químicos, como o bairro do Glicério, onde já existem equipamentos públicos voltados a esse público. “São lugares que sempre tiveram esse problema, não é algo novo”, afirmou.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), por sua vez, atribuiu o esvaziamento da área a operações recentes realizadas pelas forças policiais. Em nota divulgada à imprensa, a pasta relatou a realização de ações contra o tráfico de drogas, com apreensões de entorpecentes, prisões de lideranças criminosas e o fechamento de estabelecimentos envolvidos em lavagem de dinheiro.

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“Foram diversas apreensões de drogas, prisões de lideranças que atuavam na área e o fechamento de estabelecimentos usados para lavar o dinheiro obtido com a venda de entorpecentes. Essas ações se somaram ao reforço no policiamento e à intensificação de investigações, separando o criminoso do dependente químico”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, segundo declarou ao Pleno News.

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