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Cristãos criticam Kamala rejeitar apoiar liberdade religiosa contra o aborto

Harris afirmou que “não acha que deveríamos fazer concessões” quanto à isenção religiosa.

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Kamala Harris (Foto: Erin Schaff/AP)

A posição da vice-presidente Kamala Harris sobre uma possível lei nacional de acesso ao aborto, particularmente sua rejeição à ideia de “isenções religiosas,” gerou críticas intensas de líderes pró-vida e religiosos.

Em uma entrevista recente, Harris afirmou que “não acha que deveríamos fazer concessões” quanto à isenção religiosa para uma legislação de aborto a nível federal. O comentário provocou respostas imediatas de grupos como a Susan B. Anthony Pro-Life America e a CatholicVote, que acusaram Harris de “dobrar a aposta em armar o governo” contra a oposição religiosa ao aborto.

Líderes religiosos como Ralph Reed, presidente da Faith & Freedom Coalition, declararam que a postura de Harris é não apenas pró-aborto, mas “contra a liberdade religiosa”. Para grupos religiosos e pró-vida, a fala de Harris representa uma ameaça à proteção de profissionais de saúde que se recusam a realizar abortos por convicção religiosa. Essas preocupações se intensificaram após o governo Biden-Harris revisar normas que, sob a administração Trump, protegiam trabalhadores da saúde de serem forçados a realizar procedimentos como o aborto e a esterilização caso fossem contrários à sua fé.

A discussão sobre um mandato federal de acesso ao aborto ganhou força desde a decisão da Suprema Corte dos EUA, em Dobbs v. Jackson Women’s Health Organization, que revogou a Roe v. Wade e transferiu a regulamentação do aborto para os estados. A medida abriu caminho para que estados implementassem restrições severas, enquanto outros optaram por expandir o acesso. Muitos estados têm leis que agora restringem ou proíbem o aborto quase totalmente, enquanto outros trabalham em medidas para consolidar a permissão para o aborto em suas constituições.

A proposta de Harris se tornou uma questão central em sua campanha, enquanto os Estados Unidos aguardam o próximo ciclo eleitoral, que pode impactar profundamente a política de aborto e as proteções para objeções religiosas.

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