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Cristãos são sequestrados no Egito e crime fica impune

O filho de um deles já havia desaparecido em 2016, mas a polícia não investigou e nem puniu os responsáveis pelo incidente.

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Georgi, cristão desaparecido (Portas Abertas)

Na noite de 4 de agosto, o cristão Bakhit Aziz Georgi, 68 anos, foi abordado por um homem armado e forçado a segui-lo. O sequestro aconteceu enquanto a vítima trabalhava no pequeno comércio próprio, no Egito. Na ocasião, o sobrinho de Georgi, Youssef Girgis, viu o tio sendo levado para uma caminhonete. Ele, então, pediu aos sequestradores que Georgi fosse solto. Mas os homens quiserem ver a identidade do homem de 35 anos. Após perceberem que Youssef também era cristão, capturaram ele também.

A filha de Georgi, Mariam, testemunhou o incidente e ainda tentou fazer com que os homens desistissem de levar os cristãos. “Quando encontrei meu pai na caminhonete, implorei aos sequestradores que soltassem ele. Mas eles me disseram que não”, testemunha a jovem de 21 anos. Apesar dela ter pedido ajuda das pessoas que passavam pelo local, ninguém atendeu o pedido e a única coisa que pôde fazer foi chorar.

Outro filho de Georgi, Ramzy, afirmou que não reconheceu os sequestradores por meio das imagens das câmeras de vigilância. A família é a única cristã no vilarejo, mas vive em paz com os muçulmanos. “Meu pai não tinha inimigos. Essas pessoas eram estranhas para nós”, afirma. Porém, não é a primeira vez que um integrante da família foi sequestrado. Em 2016, Osama foi capturado e nunca mais visto pelos pais e irmãos.

Impunidade em crime contra cristãos

“Após o sequestro de meu irmão, sentimos que estávamos em perigo, mas meu pai se recusou a deixar a área até que meu irmão voltasse”, diz Ramzy. Na ocasião, a família cristã avisou à polícia, mas o crime não foi investigado. “Se uma ação fosse tomada contra os sequestradores no primeiro incidente, o segundo não teria ocorrido. E se a polícia também não fizer nada neste caso, isso [acontecerá novamente] com outros cristãos”, conclui um outro parente que preferiu não se identificar.

Pela graça de Deus, no dia 20 de agosto, Youssef foi deixado vivo no deserto. Porém, Georgi e Osama ainda continuam desaparecidos. O cristão mais velho tem diabetes e precisa de medicamento diariamente. Por isso, a família está preocupada e pede oração de todos os irmãos e irmãs ao redor do mundo.

Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus

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