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‘Deus me libertou do cativeiro’: Lucélia celebra 17 anos livre

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‘Deus me libertou do cativeiro’: Lucélia celebra 17 anos do resgate do cárcere

Lucélia Rodrigues da Silva, atualmente com 32 anos, comemorou 17 anos de sua libertação de um período de abusos e maus-tratos que sofreu quando tinha apenas 12 anos. Ela foi resgatada em 2008 de um cativeiro em Goiânia, onde havia sido mantida em condições desumanas por dois anos.

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Durante esse tempo, Lucélia foi mantida acorrentada e amordaçada em um apartamento pela empresária Sílvia Calabresi Lima, que a havia adotado ilegalmente. A libertação de Lucélia aconteceu após uma denúncia de um vizinho, que alertou as autoridades sobre a situação de abuso.

Em uma postagem nas redes sociais, Lucélia relembrou o momento de sua libertação: “Hoje, 15 de março de 2025, comemoro 17 anos que Deus me libertou desse cativeiro, um lugar de medo e de muita dor!”. Ela compartilhou que, durante o tempo de cativeiro, clamava a Deus por ajuda, e que, no dia de seu resgate, sentiu a intervenção divina: “Eu orei, clamei o Senhor Jesus e Ele me ouviu, finalmente eu fui liberta”, testemunhou.

Após o resgate, Lucélia foi levada para um abrigo e, logo em seguida, foi adotada por um casal de pastores, com quem formou uma nova família. A agressora, Sílvia Calabresi Lima, foi condenada a 15 anos de prisão pelos abusos cometidos. A história de Lucélia também trouxe à tona o envolvimento de outras pessoas no crime: o marido de Sílvia recebeu uma pena de um ano e oito meses por omissão, e a empregada da casa foi condenada a sete anos de prisão.

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Lucélia, em sua recuperação, compartilhou a experiência de perdão em relação à sua agressora, enfatizando a cura que experimentou ao longo dos anos: “Eu posso contemplar as maravilhas de Deus na minha vida todos os dias! Obrigada Senhor, eu nunca irei me esquecer o que tens feito por mim! Sou um milagre e estou aqui”.

Hoje, Lucélia é missionária, casada e mãe de três filhos. Ela compartilha seu testemunho de superação e fé, inspirando outros com sua jornada de cura e resiliência: “Meu sonho era casar e ter família. Casei. Realizei meu sonho de ser mãe. Minha família é meu bem maior”, disse em uma entrevista anterior.

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O caso de Lucélia ganhou ampla repercussão em 2008, ao expor as crueldades dos abusos que ela sofreu. Segundo as investigações, Lucélia foi levada para morar com a empresária com a autorização de sua mãe, para estudar, mas acabou sendo submetida a trabalhos forçados, agressões diárias e torturas físicas. A jovem sofreu diversos tipos de tortura, incluindo o uso de um alicate para cortar sua língua, privação de alimentos e agressões com pimenta.

Em setembro de 2008, a mãe de Lucélia, Joana d’Arc da Silva, foi julgada sob a acusação de ter recebido dinheiro para entregar sua filha à empresária, mas foi absolvida. A Justiça também determinou que o casal condenado pagasse uma indenização de R$ 380 mil a Lucélia por danos morais e estéticos, além de verbas trabalhistas, segundo informações do Guia-me.

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