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Em 2021, MST e deputados do PT, Psol e PCdoB saíram em defesa do Hamas

Manifesto surgiu em resposta à decisão do Reino Unido de classificar o Hamas como uma organização terrorista.

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Grupo terrorista Hamas (Foto: Reprodução/YouTube)

Em 2021, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e deputados do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) assinaram um manifesto em defesa do grupo Hamas, que atacou Israel.

Esse manifesto surgiu em resposta à decisão do Reino Unido de classificar o Hamas como uma organização terrorista. A esquerda brasileira insistiu em chamar o grupo de “movimento de resistência” e intitulou o manifesto como “Resistência não é terrorismo!”.

No documento, os signatários expressaram seu descontentamento com a declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que rotulou o Hamas como organização terrorista, alegando que o grupo era fundamentalmente antissemita. Os signatários argumentaram que essa declaração era tendenciosa e favorável a Israel, em detrimento dos direitos legítimos do povo palestino.

O documento foi datado de 23 de novembro de 2021 e assinado por diversos políticos e lideranças brasileiras, incluindo Sâmia Bomfim, deputada federal do PSOL, Zeca Dirceu do PT e Jandira Feghali do PCdoB.

Leia o manifesto:

“Resistência não é terrorismo!

Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos

Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de “organização terrorista”, alegando falsamente que o Movimento palestino seria “fundamentalmente e radicalmente antissemita”.

Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.

O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.

A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.

Brasil, 23 de novembro de 2021.”

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