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Em apostasia, Igreja da Inglaterra pede desculpas para pessoas LGBT

Denominação tenta normalizar a presença de pessoas LGBT no seio da Igreja.

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Bispos da Igreja da Inglaterra (Foto: Gareth Fuller/AP)

A Igreja da Inglaterra deu mais um forte sinal de apostasia da denominação, que nos últimos meses vem promovendo uma tentativa de normalização do comportamento LGBT no seio da Igreja, pedindo perdão à comunidade por sua “rejeição e exclusão” dentro da denominação.

Além disso, a igreja também destacou que agora as pessoas que se identificam como LGBTs são “bem-vindas e valorizadas” dentro da denominação.

A declaração se dá dois dias após a Igreja da Inglaterra anunciar seu apoio a uma proposta que permite que pessoas do mesmo sexo recebam “as bênçãos de Deus”. No entanto, o bispo sênior da denominação, Justin Welby, disse que não planeja oferecer bênçãos a casais do mesmo sexo neste momento.

A denominação emitiu o pedido de desculpas antes da reunião do Sínodo Geral no próximo mês, em um relatório intitulado “Vivendo no amor e na fé: uma resposta dos bispos da Igreja da Inglaterra sobre identidade, sexualidade, relacionamentos e casamento”.

“Queremos nos desculpar pela maneira como a Igreja da Inglaterra tratou as pessoas LGBTQI+ – tanto aquelas que frequentam nossas igrejas quanto aquelas que não o fazem”, disseram os bispos em comunicado que acompanha o relatório, que segue seis anos de debate sobre a posição da denominação sobre a sexualidade.

“Pelas vezes que rejeitamos ou excluímos você e aqueles que você ama, lamentamos profundamente. As ocasiões em que você recebeu uma resposta hostil e homofóbica em nossas igrejas são vergonhosas e por isso nos arrependemos”, disseram.

“Enquanto ouvíamos, nos disseram várias vezes como falhamos com as pessoas LGBTQI+”, continua o comunicado. “Não te amamos como Deus te ama, e isso está profundamente errado. Afirmamos, pública e inequivocamente, que as pessoas LGBTQI+ são bem-vindas e valorizadas: somos todos filhos de Deus.”

A Igreja da Inglaterra também elaborou orações e leituras para “oferecer ao clero uma variedade de maneiras flexíveis de afirmar e celebrar casais do mesmo sexo na igreja e incluirá orações de dedicação, ação de graças e pela bênção de Deus”.

As orações propostas, disseram os bispos, serão “inteiramente discricionárias”, já que o ensino formal da denominação nos cânones e nas liturgias autorizadas permanece inalterado – que o Santo Matrimônio é entre um homem e uma mulher por toda a vida.

“Embora haja uma série de convicções mantidas pelos bispos sobre este importante assunto, não encontramos consenso suficiente para propor uma mudança na doutrina no momento”, afirmaram os bispos.

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